Prevalência e fatores associados à incontinência urinária em mulheres idosas

Autores

  • Karla Veruska Marques Cavalcante Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Maria Isabel Gomes da Cruz Silva Fisioterapeuta
  • Adan Smith Ferreira Bernardo Fisioterapeuta
  • Damião Ernane Souza Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e Estatísticas – IBGE – UE/RN
  • Thereza Christina da Gama Cunha Lima Professor Assistente da Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina
  • Adriana Gomes Magalhães Professor Assistente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – FACISA/UFRN

DOI:

https://doi.org/10.5020/2528

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Saúde da Mulher, Envelhecimento.

Resumo

Objetivo: Verificar a prevalência da queixa de Incontinência Urinária (IU) e os fatores associados em idosas no município de Petrolina/PE. Métodos: Estudo transversal e exploratório realizado em 2009 com 172 idosas nas quais se avaliaram características sociodemográficas, socioeconômicas e estilo de vida. Para investigar a IU utilizou-se o International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form” (ICIQ-SF) acrescido de questões obstétricas e de comorbidades. Dados trabalhados com intervalo de confiança a 95% utilizando o STATA® 9.0. Resultados: A queixa de IU esteve presente em 81 (47,1%) idosas. A faixa etária maior que 75 anos de idade estava associada à IU (RP 1,57 IC95% 1,57-11,09). Na associação com ocupação notou-se que tanto as idosas aposentadas (RP 4,64 IC95% 0,98-21,98) quanto as donas de casa (RP 6,25 IC95% 1,14-34,12) tinham maior ocorrência de referir IU, mas apenas a associação com a condição dona de casa foi significante. Quanto ao diabetes, idosas que tinham a doença (RP 1,57 IC95% 1,16-2,13) tinham maior frequência de referir queixa de IU quando comparadas às idosas sem diabetes. Conclusão: Encontrou-se uma elevada prevalência de Incontinência Urinária em idosas, correspondendo a quase metade das mulheres investigadas, estando associada às idosas de maior idade, donas de casa e diabéticas. doi:10.5020/18061230.2014.p216

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karla Veruska Marques Cavalcante, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - FACISA

Referências

Yoshimura N, Miyazato M. Neurophysiology and therapeutic receptor targets for stress urinary incontinence. Int J Urol. 2012; 19(6):524–37.

Du Moulin MF, Hamers JPH, Ambergen AW, Halfens RJG. Urinary incontinence in older adults receiving home care diagnosis and strategies. Scand J Caring Sci. 2009; 23(2):222-30.

Reis RB, Cologna AJ, Martins ACP, Paschoalin EL, Tucci Jr S, Suaid HJ. Incontinência urinária no idoso. Acta Cir Bras. 2003;18(5):47-51.

Abrams P, Andersson KE, Birder L, Brubaker L, Cardozo L, Chapple C, et al. Fourth International Consultation on Incontinence Recommendations of the International Scientific Committee: evaluation and treatment of urinary incontinence, pelvic organ prolapsed, and fecal incontinence. Neurourol Urodyn. 2010;29(1):213-40.

Buckley BS, Lapitan MCM. Epidemiology Committee of the Fourth International Consultation on Incontinence,Paris, 2008. Prevalence of urinary incontinence in men, women, and children - current evidence: findings of the Fourth International Consultation on Incontinence.Urology. 2010;76(2):265-70.

Sacomori C, Negri NB, Cardoso FL. Incontinência urinária em mulheres que buscam exame preventivo de câncer de colo uterino: fatores sociodemográficos e comportamentais. Cad Saúde Pública. 2013;29(6): 1251-9.

DuBeau CE, Simon SE, Morris JN. The effect of urinary incontinence on quality of life in older nursing home residents. J Am Geriatr Soc. 2006;54(9):1325-33.

Caldas CP, Conceição IRS, José RMC, Silva BMC. Terapia comportamental para incontinência urinária da mulher idosa: uma ação do enfermeiro. Texto & Contexto Enferm. 2010;19(4):783-8.

Santos CRS, Santos VLCG. Prevalência da incontinência urinária em amostra randomizada da população urbana de Pouso Alegre, Minas Gerais,Brasil. Rev Latinoam Enferm. 2010;18(5):903-10.

Torrealba FCM, Oliveira LDR. Incontinência urinária na população feminina de idosas. Ensaios e Ciência. 2010;14(1):159-75.

Dedicação AC, Haddad M, Saldanha MES, Driusso P. Comparison of quality of life for different types of female incontinence urinary. Rev Bras Fisioter 2009; 13(2):116-22.

Frick AC, Huang AJ, Van den Eeden SK, Knight SK, Creasmna JM, Yang J, et al. Mixed urinary incontinence: greater impact on quality of life. J Urol 2009; 182(2):596-600.

Bushnell DM, Martin ML, Summers KH, Svihra J, Lionis C, Patrick DL. Quality of life of women with urinary incontinence: cross-cultural performance of 15 language versions of the I-QOL. Qual Life Res. 2005;14(8):1901-13.

Pedro AF, Ribeiro J, Soler ZASG, Bugdan AP. Qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária. SMAD Rev Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. 2011;7(2):63-70.

Babones SJ. The consistency of self-rated health in comparative perspective. Public Health.2009;123(2):199-201.

Idler EL, Benyamini Y. Self-rated health and mortality: a review of twenty-seven community studies. J Health Soc Behav. 1997;38(1):21-37.

Fayers PM, Sprangers MAG. Understanding self-rated health. Lancet. 2002; 359(9302):187-8.00

Damián J, Pastor-Barriuso R, Valderrama-Gama E. Factors associated with self-rated health in older peopleliving in instituitions. BMC Geriatric.2008;8:5.

Tamanini JTN, Dambros M, D’Ancona CAL, Palma PCR, Rodrigues Netto Jr N. Validation of the “International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form” (ICIQ-SF) for Portuguese. Rev Saúde Pública. 2004;38(3):438-44.

Silva VAD, D’Elboux MJ. Factores associeted with urinary incontinence in a Elderly individuals who meet frailty criteria. Texto & Contexto Enferm. 2012;21(2):338-47.

Vagetti GC, Moreira NB, Barbosa Filho VC, Oliveira V, Cancian CF, Mazzardo O, Campos W. Domínios da qualidade de vida associados à percepção de saúde: um estudo com idosas de um programa de atividade física em bairros de baixa renda de Curitiba/PR. Ciênc Saúde Coletiva. 2013;18(12):3483-93.

Caetano AS, Tavares MCGCF, Lopes MHBM. Incontinência urinária e a prática de atividades físicas. Rev Bras Med Esporte. 2007;13(4):270-4.

Nusbaum ML, Gordon M, Nusbaum D, McCarthy MA, Vasilakis D. Smoke alarm: a review of the clinical impact of smoking on women. Prim Care Update Ob Gyns. 2000;7(5):207-4.

Figueiredo EM, Lara JO, Cruz MC, Quintão DMG, Monteiro MCV. Perfil sociodemográfico e clínico de usuárias de Serviço de Fisioterapia Uroginecológica da rede pública. Rev Bras Fisioter. 2008;12(2):136-42.

Oliveira E, Zuliani LMM, Ishicava J, Silva SV, Albuquerque SSR, Souza AMB, Barbosa CP. Avaliação dos fatores relacionados à ocorrência da incontinência urinária feminina. Rev Assoc Med Bras. 2010;56(6):688-90.

Carvalho CCM, Souza ASR, Moraes Filho OB. Episiotomia seletiva: avanços baseados em evidências. Femina. 2010;38(5):265-70.

Doshi AM, Van den Eeden SK, Morrill MY, Schembri M, Thom DH, Brown JS. Women with diabetes: understanding urinary incontinence and help seeking behavior. J Urol. 2010;184(4):1402-7.

Danforth KN, Townsend MK, Curhan GC, Resnick NM, Grodstein F. Type 2 diabetes mellitus and risk of stress, urge, and mixed urinary incontinence. J Urol. 2009; 181(1):193-7.

Waetjen EL, Feng WY, Ye J, Johnson WO, Greendale GA, Sampselle CM, et al. Factors Associated with worsening and improving urinary incontinence across the menopausal transition. Obstet Gynecol. 2008;111(3):667-77.

Albuquerque MT, Micussi BC, Soares EMM, Lemos TMAM, Brito TNS, Silva JB, et al. Correlation between complaints of stress urinary incontinence and the one-hour pad test in postmenopausal women. Rev Bras Ginecol Obstet. 2011;33(2):70-4.

Monteiro MVC, Fonseca AMR, Silva Filho AL. Valor do estudo urodinâmico no tratamento da incontinência urinária. Femina. 2012;40(3):135-9.

Publicado

2014-11-11

Como Citar

Cavalcante, K. V. M., Silva, M. I. G. da C., Bernardo, A. S. F., Souza, D. E., Lima, T. C. da G. C., & Magalhães, A. G. (2014). Prevalência e fatores associados à incontinência urinária em mulheres idosas. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 27(2), 216–223. https://doi.org/10.5020/2528

Edição

Seção

Artigos Originais