Mulheres com risco cardiovascular: revisão das pesquisas das pós-graduações brasileiras

Autores

  • Gabriela Oliveira Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Maria Denise Schimith Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Lúcia Beatriz Ressel Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Lisie Alende Prates Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Oclaris Lopes Munhoz Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Thayná da Silva Champe Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2018.6938

Palavras-chave:

Fatores de risco, Doenças Cardiovasculares, Saúde da Mulher.

Resumo

Objetivo: Identificar os fatores de risco cardiovasculares em mulheres, estudados em dissertações e teses defendidas em programas de pós graduação brasileiros na área da saúde. Métodos: Revisão crítica e descritiva, realizada em maio de 2017, no banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Como estratégia de busca utilizaram-se as palavras-chave “fatores de risco cardiovascular” e “mulheres”, sem restrição de área do conhecimento. A utilização dessas palavras-chave ocorreu como estratégia para alcançar o maior número de produções sobre o objeto de estudo. Foram incluídos estudos nacionais, oriundos de programas de pós graduação e que respondiam à questão de pesquisa; e excluídos aqueles com resumos incompletos ou que estivessem indisponíveis. Não se determinou recorte temporal. Dos estudos encontrados, 23 foram selecionados para análise. Resultados: Os principais fatores de risco foram: a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão arterial sistêmica e o desenvolvimento de pré-eclâmpsia durante a gestação, incluindo também os aspectos hormonais, como a menopausa. As pesquisas evidenciaram a importância e a necessidade de ações de prevenção e minimização dos fatores de risco, além do desenvolvimento de estratégias específicas, como o consumo da vitamina A, farinha de berinjela e chá-verde. Conclusão: Os fatores de risco prevalentes em mulheres estão relacionados às alterações metabólicas, às condições multifatoriais, a hábitos inadequados e a ciclos de vida, como a gestação e os aspectos hormonais, sugerindo a necessidade dos profissionais da saúde desenvolveram ações de prevenção e controle desses fatores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriela Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista CAPES.

Maria Denise Schimith, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente dos cursos de graduação em Enfermagem e PPGEnf da UFSM.

Lúcia Beatriz Ressel, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente dos cursos de graduação em Enfermagem e PPGEnf da UFSM.

Lisie Alende Prates, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).

Oclaris Lopes Munhoz, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Enfermeiro. Mestrando do PPGEnf da UFSM. Bolsista CAPES.

Thayná da Silva Champe, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Enfermeira. Mestrando do PPGEnf da UFSM.

Referências

Ribeiro AG, Cotta RMM, Ribeiro SMR. A promoção da saúde e a prevenção integrada dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Ciênc Saúde Colet [Internet]. 2012 [acesso em 2017 Maio 17];17(1):7-17. Disponível em: http://www.nutricaoemfoco.com.br/NetManager/documentos/a_promocao_da_saude_e_a_prevencao_integrada_dos_fatores_de_risco_para_doencas_cardiovasculares.pdf

Malta DC, Moura L, Prado RR, Escalante JC, Schmidt MI, Duncan BB. Mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e suas regiões, 2000 a 2011. In: Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil 2014: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. p. 152.

Carlucc SEM, Gouvêa JAG, Oliveira AP, Silva JD, Cassiano ACM, Bennemann RM. Obesidade e sedentarismo: fatores de risco para doença cardiovascular. Comun Ciênc Saúde [Internet]. 2013 [acesso em 2017 Mai 17];24(4):375-84. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/ccs/obesidade_sedentarismo_fatores_risco_cardiovascular.pdf

Ministério da Saúde (BR). Vigilância das doenças crônicas não transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde; 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf

Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2013 [acesso em 2017 Maio 18];101(6):2. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/Diretriz_Prevencao_Cardiovascular.pdf

Lelis CT, Teixeira KMD, Silva NM. A inserção feminina no mercado de trabalho e suas implicações para os hábitos alimentares da mulher e de sua família. Saúde Debate [Internet]. 2012 [acesso em 2017 Maio 18];36(95):523-32. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/4063/406341761004.pdf

Assis LS, Stipp MAC, Leite JL, Cunha NM. A atenção da enfermeira à saúde cardiovascular de mulheres hipertensas. Esc Anna Nery Rev Enferm [Internet] 2009 [acesso em 2017 Maio 18];13(2):265-70. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n2/v13n2a05.pdf

Khader YS, Rice J, Abueita O. Oral contraceptives use and the risk of myocardial infarction: a meta-analysis. Contraception [Internet]. 2003[acesso em 2017 Maio 18];68(1):11-7. Disponível em: http://www.contraceptionjournal.org/article/S0010-7824(03)00073-8/fulltext

Schmidt MI, Duncan BB, Silva GA, Menezes AM, Monteiro CA, Barreto SM, et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. Lancet [Internet]. 2011 [acesso em 2017 Maio 18]. Disponível em: http://dms.ufpel.edu.br/ares/bitstream/handle/123456789/222/1%20%202011%20Doen%C3%A7as%20cr%C3%B4nicas%20n%C3%A3o%20transmiss%C3%ADveis%20no%20Brasil.pdf?sequence=1

Dubow C, Borba TT, Santos CR, Garcia EL, Krug SBF. Participação social na implementação das políticas públicas de saúde: uma revisão crítico reflexiva. Saúde Transform Soc [Internet]. 2017 [acesso em 2017 Maio 18];8(2):103-11. Disponível em: http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/viewFile/3711/4989

Brasil. Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/98) [acesso em 2017 Jun 10]. Disponível em: http:/www.planalto.gov.br/ccivel_03/leis/1910.htm

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Plataforma Lattes – CNPq. Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil [acesso em 2017 Jun 12]. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/web/dgp/home

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

Mansur AP, Favarato D. Mortalidade por doenças cardiovasculares no brasil e na região metropolitana de São Paulo: Atualização 2011. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2012 [acesso em 2017 Jun 15];99(2):755-61. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v99n2/aop05812.pdf

Turato ER. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Rev Saúde Pública [Internet]. 2005 [acesso em 2017 Jun 15];39(3):507-14. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v39n3/24808.pdf

Rodrigues NLA, Lima LHO, Carvalho ES, Vera PVS, Frota KMG, Lopes MVO. et al. Fatores de risco para doenças cardiovasculares em adolescentes. Invest Educ Enferm [Internet]. 2015 [acesso em 2017 Jun 15];33(2):315-24. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/iee/v33n2/v33n2a14.pdf

Jose JPS. Associação entre o perfil lipídico e fatores de risco cardiovascular em mulheres de Sinop-MT [dissertação]. Goiânia: Universidade Federal de Mato Grosso; 2016.

Cerqueira MS. Análise de métodos antropométricos na determinação da obesidade e fatores de risco cardiovascular em mulher [dissertação]. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa; 2011.

Queiroz GGJ. Efeitos da terapia interdisciplinar no controle dos fatores de risco cardiovascular e marcadores inflamatórios em mulheres obesas [dissertação]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2013.

Bento CT. Associação do estado nutricional de vitamina a com índice de massa corporal, adiposidade corporal, estresse oxidativo e fatores de risco cardiovascular em mulheres com ingestão dietética recomendada de vitamina A [tese]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2014.

Tibana RA. Efeitos agudos e crônicos do treinamento de força sobre fatores de risco cardiovascular em mulheres de meia idade portadoras de sobrepeso/obesidade e/ou síndrome metabólica [dissertação]. Brasília: Universidade Católica de Brasília; 2013.

Chagas EFB. Efeito do exercício físico de intensidade moderada sobre fatores de risco cardiovascular e marcadores inflamatórios de mulheres obesas no período pós-menpausa [dissertação]. São Paulo: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; 2013.

Rockett FC. Migrânea e risco para doenças cardiovasculares em mulheres [dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2013.

Ferreira RM. Fatores de risco cardiovascular em mulheres com antecedente de pré-eclâmpsia e sua associação com hipertrofia miocárdica e espessamento médio intimal de carótidas [tese]. São Paulo: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; 2016.

Andrade ACA. Sindrome metabólica e fatores associados: estudo em mulheres com pré-eclâmpsia e gestação normotensa havia cinco anos [tese] Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2013.

Costa EC. Acurácia dos índices antropométricos de obesidade central na determinação de síndrome metabólica e fatores de risco cardiovascular em mulheres com síndrome dos ovários policísticos [dissertação]. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2009.

Azevedo MF. Níveis pressóricos elevados em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: prevalência e fatores de risco associados [dissertação]. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2010.

Soares EMM. Avaliação da prevalência de Síndrome Metabólica, Microalbuminúria e Risco Cardiovascular em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos [Tese]. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2007.

Soares GM. Marcadores precoces de doença cardiovascular em mulheres com síndrome dos ovários policísticos [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2008.

Santos AGP. Risco de Framingham e evento cardiovascular em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos [tese]. São Paulo: Universidade Estadual Paulista; 2014.

Colpani V. Fatores de risco cardiovascular em uma coorte de mulheres na menopausa no Sul do Brasil [tese]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2015.

Carvalho CNM. Associação entre consumo alimentar e atividade física com a síndrome metabólica em mulheres na pós-menopausa [dissertação]. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2013.

Sousa EP. Risco cardiovascular em mulheres com câncer de mama [dissertação]. Goiânia: Universidade Federal de Goiás; 2013.

Olmos RD. Doenças tireoidianas subclínicas e fatores de risco cardiovascular em mulheres com mais de 40 anos em seu local de trabalho [Tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2007.

Castro EA. Análise de métodos indiretos para avaliação da composição corporal, da prevalência de sarcopenia e fatores de risco cardiovascular e da relação entre osteopenia e mobilidade funcional de membros inferiores em mulheres não sedentárias [dissertação]. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa; 2012.

Sousa GV. Efeito de exercício físico com modelos diferentes de supervisão sobre Hipertensão Arterial e fatores de risco cardiovascular em mulheres, numa Unidade do Programa de Saúde da Família [dissertação]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; 2010.

Scorsatto M. Efeito da dieta hipoenergética associada ao consumo de farinha de berinjela no perfil lipídico e estado antioxidante em mulheres com excesso de peso [tese]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2015.

Costa CC. Efeitos do consumo de proteína de soja isolada sobre os níveis de lipídios séricos em mulheres [tese]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2009.

Nogueira LP. Avaliação do efeito do chá verde sobre a pressão arterial, função endotelial, perfil metabólico, atividade inflamatória e adiposidade corporal em mulheres pré-hipertensas obesas [tese]. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 2013.

Nascimento TBR, Glaner MF, Nóbrega OT. Influência do gene da apolipoproteína-E sobre a relação perfil lipídico, atividade física e gordura corporal. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum [Internet]. 2012 [acesso em 2017 Jun 20];14(2):221-31. Disponível em:http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/11738/1/ARTIGO_InfluenciaGeneApolipoproteina.pdf

Martin JL, Melnichouk O, Huszti E, Connelly PW, Greenberg CV, Minkin S, et al. Serum lipids, lipoproteins, and risk of breast cancer: a nested case-control study using multiple time points. J Natl Cancer Inst [Internet]. 2015 [acesso em 2017 Jun 20];107(5):1-9. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4822522/

Sociedade Brasileira De Cardiologia. VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2010 [acesso em 2017 Jun 20];95(1):1-51. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2010/Diretriz_hipertensao_associados.pdf

Ministério da Saúde (BR). Obesidade. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. (Cadernos de Atenção Básica, nº 12).

Wikström AK, Haglund B, Olovsson M, Lindeberg SN. The risk of maternal ischaemic heart disease after gestational hypertensive disease. BJOG [Internet]. 2005 [acesso em 2017 Jun 21];112(11):1486-91. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1471-0528.2005.00733.x/epdf

Ávila MAP, Bruno RV, Barbosa FC, Andrade FC, Silva ACO, Nardi AE. Síndrome dos ovários policísticos: implicações da disfunção metabólica. Rev Col Bras Cir [Internet]. 2014 [acesso em 2017 Jun 21];41(2):106-11. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v41n2/pt_0100-6991-rcbc-41-02-00106.pdf

Meirelles RMR. Menopausa e síndrome metabólica. Arq Bras Endocrinol Metab [Internet]. 2014 [acesso em 2017 Jun 21];58(2):91-6. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v58n2/0004-2730-abem-58-2-0091.pdf

Sociedade Brasileira De Cardiologia. I Diretriz Brasileira sobre Prevenção de Doenças Cardiovasculares em Mulheres Climatéricas e a Influência da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Associação Brasileira do Climatério (SOBRAC). Arq Bras Cardiol [Internet]. 2008 [acesso em 2017 Jun 21]; 91(1 Supl 1):1-23. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2008/diretriz_DCV_mulheres.pdf

Gomes EB, Moreira TMM, Pereira HCV, Sales IB, Lima FET, Freitas CHA, et al. Fatores de risco cardiovascular em adultos jovens de um município do nordeste brasileiro. Rev bras enferm [Internet]. 2012 [acesso em 2017 Jun 21];65(4):594-600. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/2670/267024790007/

Publicado

2018-06-21

Como Citar

Oliveira, G., Schimith, M. D., Ressel, L. B., Prates, L. A., Munhoz, O. L., & Champe, T. da S. (2018). Mulheres com risco cardiovascular: revisão das pesquisas das pós-graduações brasileiras. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 31(2). https://doi.org/10.5020/18061230.2018.6938

Edição

Seção

Artigos de Revisão