Dor pós-operatória em hospital universitário: perspectivas para promoção de saúde

Autores

  • Letícia Vivian de Souza Franco Universidade José do Rosário Vellano
  • Renata Ferreira Barbosa Sugai Universidade José do Rosário Vellano
  • Sarah Costa e Silva Universidade José do Rosário Vellano
  • Thaís de Carvalho da Silva Universidade José do Rosário Vellano
  • Roberta Bessa Veloso Silva Universidade José do Rosário Vellano
  • Roberto Salvador de Souza Guimarães Universidade José do Rosário Vellano
  • Cláudio Daniel Cerdeira Universidade Federal de Alfenas
  • Gérsika Bittencourt Santos Universidade José do Rosário Vellano

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2017.6583

Palavras-chave:

Dor, Cirurgia Geral, Prevalência, Epidemiologia.

Resumo

Objetivo: Avaliar a prevalência, os fatores influentes e a magnitude da dor pós-operatória (DPO) em pacientes atendidos em um hospital universitário. Métodos: Realizou-se estudo prospectivo e transversal envolvendo 100 pacientes submetidos a diferentes procedimentos cirúrgicos, no período de março a maio de 2016, entrevistados nas primeiras 24 horas do pós-operatório e avaliados através de uma escala visual numérica (EVN). Resultados: As cirurgias mais comuns encontradas são: cesárea, apendicectomia, prostatectomia, tireoidectomia total e osteossíntese; e as anestesias: raquianestesia e geral balanceada, sendo a prevalência de DPO menor quando usada a raquianestesia. Dos pacientes, 43% (n = 43) declararam DPO, com prevalência de 44% (n = 14) para o sexo masculino e 43% (n = 29) para o feminino. Entre esses, 30% (n = 13) classificaram a DPO como de intensidade forte, 53,5% (n = 23) classificaram como moderada, e 14% (n = 6), leve. Houve maior prevalência de DPO nas faixas etárias de 25-34 e 55-64 anos, e relações causais significativas entre o sexo do paciente e as variáveis diagnóstico, tipo de cirurgia, local ou intensidade da dor. Além disso, o local da DPO relacionou-se com a faixa etária ou tipo de cirurgia, e a intensidade se relacionou com a faixa etária. Conclusão: A dor pós-operatória no hospital universitário em questão se apresentou prevalente em pacientes de ambos os sexos e dependente da faixa etária, da heterogeneidade de procedimentos cirúrgicos e de protocolos anestésicos, sendo a de intensidade moderada a mais identificada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Hancı V, Yurtlu BS, Domi R, Shibata Y, Eyigör C. Acute postoperative pain control. Pain Res Manag. 2017;2017:2.

Couceiro TCM, Valença MM, Lima LC, Menezes TC, Raposo CF. Prevalência e Influência do Sexo, Idade e Tipo de Operação na Dor Pós-Operatória. Rev Bras Anestesiol. 2009;59(3):314-20.

Pimenta CAM, Santos EMM, Chaves LD, Martins LM, Gutierrez BAO. Controle da dor no pós-operatório. Rev Esc Enferm USP. 2001;35(2):180-3.

Garimella V, Cellini C. Postoperative Pain Control. Clin Colon Rectal Surg. 2013;26(3):191-6.

Chou R, Gordon DB, Leon-Casasola OA, Rosenberg JM, Bickler S, Brennan T, et al. Management of postoperative pain: a clinical practice guideline From the American Pain Society, the American Society of Regional Anesthesia and Pain Medicine, and the American Society of Anesthesiologists’ Committee on Regional Anesthesia, Executive Committee, and Administrative Council. J Pain. 2016;17(2):131-57.

Apfelbaum JL, Chen C, Mehta SS, Gan TJ. Postoperative pain experience: results from a national survey suggest postoperative pain continues to be undermanaged. Anesth Analg. 2003;97(2):534-40.

Sommer M, Rijke JM, van Kleef M, Kessels AG, Peters ML, Geurts JW, et al. The prevalence of postoperative pain in a sample of 1490 surgical inpatients. Eur J Anaesthesiol. 2008;25(4):267-74.

Pyati S, Gan TJ. Perioperative pain management. CNS Drugs. 2007;21(3):185-211.

Loaiza LFM, Cárdenas CYB. Cuidado y manejo del dolor en el paciente en posoperatorio de revascularización miocárdica. Av Enferm. 2015;33(2):209-21.

Moizo E, Berti M, Marchetti C, Deni F, Albertin A, Muzzolon F, et al. Acute pain service and multimodal therapy for postsurgical pain control: evaluation of protocol efficacy. Minerva Anestesiol. 2004;70(11):779-87.

Practice Guidelines for Acute Pain Management in the Perioperative Setting. An Updated Report by the American Society of Anesthesiologists Task Force on Acute Pain Management. Anesthesiology. 2012;116(2):248-73.

Janssen KJ, Kalkman CJ, Grobbee DE, Bonsel GJ, Moons KG, Vergouwe Y. The risk of severe postoperative pain: modification and validation of a clinical prediction rule. Anesth Analg. 2008;107(4):1330-9.

Fonseca PRB, Gatto BEO, Tondato VA. Post-trauma and postoperative painful neuropathy. Rev Dor. 2016;17(Supl 1):S59-62.

Menezes MGV, Ribeiro CJN, Nascimento FS, Alves JAB, Lima AGCF, Ribeiro MCO. Postoperative pain and analgesia in patients submitted to unruptured brain aneurysm clamping. Rev Dor. 2017;18(1):27-31.

Mello LC, Rosatti SFC, Hortense P. Assessment of pain during rest and during activities in the postoperative period of cardiac surgery. Rev Latinoam Enferm. 2014;22(1):136-43.

Panazzolo PS, Siqueira FD, Portella MP, Stumm EMF, Colet CF. Pain evaluation at the post-anesthetic care unit of a tertiary hospital. Rev Dor. 2017;18(1):38-42.

Grans R, Warth CF, Farah JFM, Bassitt DP. Quality of life and prevalence of osteoarticular pain in patients submitted to bariatric surgery. Einstein. 2012;10(4):415-21.

Moreira L, Truppel YM, Kozovits FGP, Santos VA, Atet V. Postoperative analgesia: pain control scenario. Rev Dor. 2013;14(2):106-10.

Machado-Alba J, Machado-Duque M, Calderón V, Gonzales A, Cardona F, Ruiz R, et al. Control del dolor postquirúrgico en pacientes de un hospital de tercer nivel. Rev Med. 2013;21(1):46-53.

Ferreira DF. Estatística multivariada. 2ª ed. rev. ampl. Lavras: Ed. UFLA; 2011.

Saurin G, Crossetti MGO. Reliability and validity of the pain assessment tool in confused older adults – IADIC. Rev Gaúch Enferm. 2013;34(4):68-74.

Drummond JP. Dor aguda: fisiopatologia, clínica e terapêutica. São Paulo: Atheneu; 2000.

Uchiyama K, Kawai M, Tani M, Ueno M, Hama T, Yamaue H, et al. Gender differences in postoperative pain after laparoscopic cholecystectomy. Surg Endosc. 2006;20(3):448-51.

Ochroch EA, Gottschalk A, Troxel AB, Farrar JT. Women suffer more short and long-term pain than men after major thoracotomy. Clin J Pain. 2006;22(1):491-8.

Silva e Costa GMP, Carvalho IM, Castro AIR, Lages NCR, Correia CMM. Postoperative analgesia for hip arthroplasty: comparison of continuous lumbar plexus block and epidural analgesia. Rev Dor. 2016;17(1):2-7.

Braga AA, Frias JAF, Braga FS, Potério GB, Hirata ES, Torres NA. Spinal Anesthesia for Cesarean Section: use of Hyperbaric Bupivacaine (10 mg) Combined with Different Adjuvants. Rev Bras Anestesiol. 2012;62(6):775-87.

Chung F, Ritchie E, Su J. Postoperative pain in ambulatory surgery. Anesth Analg. 1997;85(40:808-16.

Barbosa MH, Araújo NF, Silva JAJ, Corrêa TB, Moreira TM, Andrade EV. Pain assessment intensity and pain relief in patients post-operative orthopedic surgery. Esc Anna Nery Rev. Enferm. 2014;18(1):143-7.

Oliveira RM, Leitão IMTA, Silva LMS, Almeida PC, Oliveira SKP, et al. Postoperative pain and analgesia: analysis of medical charts records. Rev Dor. 2013;14(4):251-5.

Silva MAS, Pimenta CAM, Cruz DALM. Pain assessment and training: the impact on pain control after cardiac surgery. Rev Esc Enferm USP. 2013;47(1):83-91.

Publicado

2017-12-06

Como Citar

Franco, L. V. de S., Sugai, R. F. B., Costa e Silva, S., da Silva, T. de C., Silva, R. B. V., Guimarães, R. S. de S., Cerdeira, C. D., & Santos, G. B. (2017). Dor pós-operatória em hospital universitário: perspectivas para promoção de saúde. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 30(4). https://doi.org/10.5020/18061230.2017.6583

Edição

Seção

Artigos Originais