Um conjunto determinado de informações, um número indeterminado de teorias, nenhuma verdade: rascunhos do debate sobre a objetividade jornalística

Autores

  • Júlio Sérgio Brasileiro Alcântara

DOI:

https://doi.org/10.5020/23180714.2009.24.2.%25p

Palavras-chave:

Ptolomeu. Copérnico. Informação. Objetividade. Inferência.

Resumo

Há quem acredite que, perante dados e informações claras e objetivas, é possível chegar, por inferência, a conclusões inevitáveis. Talvez existam informações objetivas, seja lá o que isso queira dizer no jornalismo ou fora dele. Mas é mais fácil acreditar que elas ocorram na Física, cujos dados seriam observáveis por via empírica. Os movimentos dos planetas são observáveis. Ptolomeu (85-165) revolucionou as ciências ao criar um modelo matemático e geométrico para descrever esses movimentos. Mas será mostrado, nesse texto, que Copérnico (1473-1543), 1400 anos depois, imaginou outro modelo com base nas mesmas informações e na mesma geometria. Portanto, partindo dos mesmos dados e informações, criam-se duas teses com diferenças importantes. Ambas aceitáveis, porque funcionavam bem para finalidades práticas. Todas aquelas informações valem satisfatoriamente em virtude das conclusões teóricas. Por elas mesmas, são apenas frases. Se for assim, o bom jornalismo vale pelas conclusões, como na Cosmologia. Informar apenas é um pouco mais que nada, porque não há conclusões inevitáveis.

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Publicado

2010-11-05

Como Citar

Sérgio Brasileiro Alcântara, J. (2010). Um conjunto determinado de informações, um número indeterminado de teorias, nenhuma verdade: rascunhos do debate sobre a objetividade jornalística. Revista De Humanidades (Descontinuada), 24(2). https://doi.org/10.5020/23180714.2009.24.2.%p

Edição

Seção

Artigos