Da identificação maciça à emergência do sujeito

Autores

  • Fabiana L. Campos Baptista

Resumo

Este artigo pretende fazer a análise de uma experiência da oficina terapêutica de Composições Literárias desenvolvida com um grupo de pacientes toxicômanos do Hospital - dia e do ambulatório do Centro Mineiro de Toxicomania de Belo Horizonte, no ano de 2001. Para tanto, faremos uma exposição, a partir de Freud, sobre os efeitos de massa que podem surgir a partir da formação de um grupo. De acordo com ele, quando surgem efeitos de massa nogrupo, seus membros se identificam de forma maciça entre si e com o líder. Como exemplo dessa identificação maciça, falaremos sobre o tratamento de um grupo anônimo de auto-ajuda, o Alcoólicos Anônimos. Traremos em seguida a contribuição de Lacan, que acredita que um dispositivo grupal possa se situar em sentido oposto aos efeitos de massa, o que se constitui como uma forma diferente de identificação possível. Para ele, um tratamento de grupos monossintomáticos deve ocorrer no sentido oposto ao da identificação maciça, produzindo uma falta na fusão identificatória que esses sujeitos fazem a determinado significante. Como exemplo desse tratamento da identificação, traremos uma experiência com um paciente da oficina de Composições Literárias do Centro Mineiro de Toxicomania, para identificarmos como é possível ocorrer um certo deslocamento da fusão identificatória ao significante toxicômano através de textos literários, pelo viés do tratamento da identificação. Palavras-chave: oficina terapêutica, toxicomania, massa, grupo, identificação

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Biografia do Autor

Fabiana L. Campos Baptista

Psicóloga, mestranda em Psicologia pela UFMG, membro efetivo da ONG 3º Margem – pesquisa e prevenção em toxicomania

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Publicado

19.06.2003

Como Citar

Campos Baptista, F. L. (2003). Da identificação maciça à emergência do sujeito. Revista Subjetividades, 3(1), 121–129. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/1485

Edição

Seção

Artigos