Transtornos alimentares: uma perspectiva social

Autores

  • Sheila Weremchuk Ida

Resumo

A partir da problematização do conceito de Transtornos Alimentares, este artigo busca investigar a nossa relação com o corpo, colocando em discussão as práticas normativas que constituem nossos modos de vida. Diante de um certo padrão estético que associa o corpo com a beleza e a imagem de sucesso, pretendemos problematizar o contexto social no qual os Transtornos Alimentares vêm sendo produzidos. Para isso, utilizaremos como recorte a análise da anorexia e bulimia. De difícil tratamento e de grande morbidade, os sintomas dessa psicopatologia refletem uma preocupação excessiva com o peso, a imagem corporal e o medo de engordar. Nosso interesse é contribuir para essa discussão, saindo de uma perspectiva individualizante voltada para a jovem anorética e/ou bulímica e as interações disfuncionais do seu sistema familiar, passando a considerar os transtornos alimentares como um dispositivo que denuncia o extremismo na forma de pensar, sentir e experimentar o corpo em nossa sociedade. Assim, nosso objetivo é apresentar alguns subsídios que permitam deslocar essa questão do âmbito exclusivo da experiência individual para uma análise das práticas sociais de relação com o corpo que habitam a experiência contemporânea, entendendo os transtornos alimentares, na atualidade, como a exacerbação de um sintoma social. Palavras-chave: transtorno alimentar, processos de subjetivação, psicologia social, normal, patológico

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Biografia do Autor

Sheila Weremchuk Ida

Psicóloga formada pela UFRGS. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional pela UFRGS.

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Publicado

28.10.2007

Como Citar

Weremchuk Ida, S. (2007). Transtornos alimentares: uma perspectiva social. Revista Subjetividades, 7(2), 417–432. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/1592

Edição

Seção

Artigos