Os limbos felizes da não-identidade – tensões e implicações

Autores

  • Michele de Freitas Faria de Vasconcelos UFRGS
  • Luiz Felipe Zago
  • Dagoberto de Oliveira Machado

Palavras-chave:

Identidade. Políticas Identitárias. Políticas de Subjetivação. Movimentos Sociais. Políticas Públicas.

Resumo

Esse artigo compõe-se de reflexões a respeito de conceitos, teorias, epistemologias e políticas identitárias. O objetivo é o de tencionar em tais políticas o uso da concepção de identidade, partindo de nossas inserções/implicações acadêmicas, políticas e afetivas. Para tanto, servimo-nos de narrativas e cenas analisadoras que experienciamos em alguns pontos de nossos percursos acadêmicos, profissionais e militantes dentro do movimento de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) bem como na luta antimanicomial. Nesses espaços, a concepção de identidade costuma ser usada como possuindo o que se pode denominar de “produtividade política”. Para nós, é importante por em análise o primado da identidade enquanto ferramenta de pensamento, de produção de conhecimento e de luta política. Quando essa palavra é utilizada, quais enunciados a fazem possível? Quando se opera com o conceito de identidade, ou mesmo o de identificação, quais limites se impõem, quais engessamentos, quais capturas se produzem? Perguntamo-nos se as identidades culturais/sexuais/ raciais fazem mesmo frente à globalização e homogeneização dos territórios existenciais e culturais ou se as ondas de reivindicação identitária das chamadas “minorias” seriam uma resposta mal colocada, apostando que é a própria referência identitária que deveria ser discutida/problematizada. Tentamos esboçar caminhos para uma nova política: assinalamos com que política queremos compor e apontamos a política de que queremos diferir. O desafio aqui proposto seria, então, o de pensar os limites da utilização e centralidade da concepção de identidade tanto para os movimentos sociais quanto como norte para a construção de políticas públicas.

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Publicado

25.05.2016

Como Citar

Vasconcelos, M. de F. F. de, Zago, L. F., & Machado, D. de O. (2016). Os limbos felizes da não-identidade – tensões e implicações. Revista Subjetividades, 11(3), 1187–1230. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/5017

Edição

Seção

Artigos