Sobre a Crítica da Psicanálise às Políticas Xenofóbicas e seus Dispositivos de Poder: Segregação e Genocídio

Autores

  • Betty Bernardo Fuks

DOI:

https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6447

Palavras-chave:

identificação, clivagem do eu, política, ética da psicanálise

Resumo

A finalidade deste ensaio é retornar à incursão de Freud no campo da política, refletir sobre o conjunto de conceitos metapsicológicos que sustentou sua análise em relação à ideologia nazista de identidade racial e avaliar a pertinência desse conjunto para a crítica atual da psicanálise em relação aos fenômenos sociopolíticos. Para tanto, recorremos também aos aportes teóricos de Lacan, que permitem mostrar o ponto em que a ética da psicanálise é fundamental à teoria da política.

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Biografia do Autor

Betty Bernardo Fuks

Psicanalista. Dra. em Comunicação e Cultura (UFRJ). Pesquisadora do CNPQ. Professora do Mestrado e Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade (Universidade Veiga de Almeida). Pesquisadora do Laboratório de Psicopatologia Fundamental. Organizadora de livros de psicanálise nacionais e internacionais. Autora de Freud e a judeidade: vocação do exílio (Zahar); Freud e a cultura (Zahar); O homem Moisés e o monoteísmo: o desvelar do assassinato (Civilização brasileira). Editora da revista online Trivium: estudos interdisciplinares

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Publicado

11.07.2018

Como Citar

Fuks, B. B. (2018). Sobre a Crítica da Psicanálise às Políticas Xenofóbicas e seus Dispositivos de Poder: Segregação e Genocídio. Revista Subjetividades, 18(Esp), 24–32. https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6447

Edição

Seção

Edição Especial: A psicanálise e as formas do político