Hermenêutica filosófica e marxismo: sobre uma peculiar “ausência-presença”

Autores

  • Vitor Bartoletti Sartori Professor adjunto UFMG

DOI:

https://doi.org/10.5020/2317-2150.2016.v21n3p1123

Palavras-chave:

Hermenêutica. Hermenêutica filosófica. Marx. Hegel.

Resumo

Neste artigo, busca-se trazer à tona pontos comuns na obra marxiana e na hermenêutica filosófica, tendo-se por central as categorias, já presentes em Hegel, da objetivação e do estranhamento. Tanto Marx quanto a tradição hermenêutica opõem-se ao legado hegeliano, no entanto, ao fazê-lo, a hermenêutica filosófica deixou de considerar com seriedade a tradição marxista, que, de um modo ou de outro, teve por central a relação entre espírito e natureza, bem como a questão da objetivação, temáticas que aparecem com destaque na hermenêutica filosófica. Desenvolve-se, assim, uma peculiar “ausência-presença” do pensamento marxiano, abordado por autores como Dilthey, Heidegger e Gadamer, na medida em que não foi visto de modo suficientemente cuidadoso. Ao passo que um importante marxista, György Lukács, tratou com cuidado de autores cujo posicionamento é oposto ao seu (Dilthey e Heidegger por exemplo), infelizmente, o mesmo não se deu (pelo menos de modo devido no que toca a Marx) com a hermenêutica filosófica, que poderia ganhar muito no debate/embate com o marxismo.

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Biografia do Autor

Vitor Bartoletti Sartori, Professor adjunto UFMG

Professor do departamento do Direito do trabalho e introdução ao Direito da UFMG, bacharel em Direito pela USP, mestre em História social pela PUC SP e doutor em filosofia do Direito pela USP

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Publicado

2017-02-16

Edição

Seção

Artigos