Arquitetura de Escolhas, Direito e Liberdade: Notas sobre o “Paternalismo Libertário”

Autores

  • Ricardo Lins Horta Doutorando em Direito na Universidade de Brasília. Pesquisador visitante na École Normale Supérieure (Rue d'Ulm).

DOI:

https://doi.org/10.5020/2317-2150.2017.5602

Palavras-chave:

Ciência Comportamental, Política Pública, nudges, Paternalismo Libertário

Resumo

Normas regulatórias, que cumprem algum objetivo de política pública, são rotineiramente promulgadas pelo Estado. A gramática dessas regulações é usualmente formada por proibições, obrigações ou permissões, e se vale de ferramentas como taxas e subsídios econômicos. Contudo, nos últimos anos, disseminou-se uma literatura que contesta a visão tradicional do Homo economicus, sugerindo que o desenho de políticas públicas utilizasse a ciência comportamental como inspiração, sugerindo novas formas de estímulo ou inibição de determinadas condutas. Para justificar diversas intervenções ambientais que cumprem ao propósito de modular esses comportamentos – os chamados “nudges” – Thaler e Sunstein formularam o conceito de “paternalismo libertário”. Neste artigo, revisaremos alguns dos achados da literatura comportamental, analisaremos as premissas do argumento em prol do “paternalismo libertário” e objeções a esta que poderia ser vista como mais uma forma de intervenção tecnocrática na esfera individual.

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Biografia do Autor

Ricardo Lins Horta, Doutorando em Direito na Universidade de Brasília. Pesquisador visitante na École Normale Supérieure (Rue d'Ulm).

Doutorando em Direito na Universidade de Brasília (UnB). Pesquisador visitante na École Normale Supérieure (ENS), Rue d'Ulm. Bacharel em Direito e Mestre em Neurociências (UFMG). Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). Foi assessor no Ministério da Justiça, na Casa Civil da Presidência da República e Secretário-Executivo da Comissão Nacional da Verdade (CNV).

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Publicado

2017-08-31

Edição

Seção

Artigos