Perfil epidemiológico de pacientes nefropatas e as dificuldades no acesso ao tratamento - doi:10.5020/18061230.2013.p95

Autores

  • Rafaella Maria Monteiro Sampaio Universidade Estadual do Ceará - UECE
  • Márcia Oliveira Coelho Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF
  • Francisco José Maia Pinto Universidade Estadual do Ceará - UECE
  • Emanuelly Pontes Rios Osteme Universidade Estadual do Ceará - UECE

DOI:

https://doi.org/10.5020/2635

Palavras-chave:

Perfil de Saúde, Insuficiência Renal Crônica, Diálise Renal.

Resumo

Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de pacientes submetidos ao tratamento de terapia renal substitutiva na modalidade hemodiálise, além de verificar as dificuldades na sua realização. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado em Itapipoca-CE, com 35 pacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC). Os dados gerais foram analisados de forma descritiva usando as frequências absolutas e percentuais. Resultados: O perfil epidemiológico aponta uma maior frequência de pacientes: do sexo masculino (19 - 54,3%), com idade entre 31 e 60 anos (24 - 68,6%), baixa escolaridade (29 - 82,8%), renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (25 - 71,4%), morando em casa de alvenaria (30 - 85,7%) e dispondo de água tratada em seus domicílios (17 - 48,6%). Os principais sinais e sintomas que levaram à busca da consulta médica foram: fraqueza geral (21 - 60%), náuseas (19 - 54,3%), edema (18 - 51,4%) e falta de apetite (14 - 40%). Os fatores mais frequentemente apontados pelos pacientes como prováveis causas da IRC englobavam: associação de hipertensão arterial(HAS) com diabetes mellitus (11 - 31,4%); HAS (9 - 25,7%); e glomerulonefrites (5 -14,3%). A maioria dos pacientes relatou dificuldade para obter consulta médica (25 - 71,4%) e marcar/receber exames (20 - 57,1%). Conclusão: O perfil epidemiológico dos pacientes estudados é marcado por um baixo nível socioeconômico. Como agravante dessa situação, verificou-se a dificuldade de obterem consultas médicas, marcarem e realizarem exames diagnósticos, criando prejuízos para a realização do tratamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ministério da Saúde (BR). Indicadores e Dados Básicos: Brasil - 2009 IDB-2009 [acesso em 2011 Set 12]. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2009/matriz.htm>.

Begman R. Avaliação de pacientes com doença renal crônica em tratamento especializado por equipe multidisciplinar. J Bras Nefrol. 2006;28(3):33-5.

Sesso R, Lopes AA, Thomé FS, Bevilacqua JL, Romão Júnior JE, Lugon J. Relatório do censo brasileiro de diálise, 2008. J Bras Nefrol. 2008;30(4):233-8.

Godinho TM, Lyra TG, Braga OS, Queiroz RA, Alves JA, Kraychete AC et al. Perfil do paciente que inicia hemodiálise de manutenção em Hospital Público de Salvador, Bahia. J Bras Nefrol. 2006;28(2):96-103.

Riella MC, Pecoits-Filho R. Insuficiência renal crônica: fisiopatologia da uremia. In: Riella MC. Princípios de nefrologia e distúrbios eletrolíticos. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. p. 661-90.

Zawada ET. Inicio da diálise. In: Daugiardas JT, Blake PG, Ing T. Manual de Diálise. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. p.4-11.

Sesso R, Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Epidemiologia da doença renal crônica no Brasil e sua prevenção. São Paulo; 2007.

Cherchiglia ML, Machado EL, Szuster DAC, Andrade EIG, Acúrcio FA, Caiaffa WT, Sesso R, Queiroz OV, Gomes IC. Perfil epidemiológico dos pacientes em terapia renal substitutiva no Brasil, 2000-2004. Rev Saúde Pública. 2010;44(4):639-49.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília; 2006. (Cadernos de Atenção Básica,n. 16).

Zambonato TK, Thomé FS, Gonçalves LF. Perfil socioeconômico dos pacientes com doença renal crônica em diálise na região noroeste do Rio Grande do Sul. J Bras Nefrol. 2008;30(3):192-9.

Lucena RGR. Uso de flúor em saúde pública sob o olhar dos delegados à 13ª Conferência Nacional de Saúde [tese]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 2010.

Bandeira MFS. Consequências hematológicas da uremia. In: Riella MC. Princípios de nefrologia e distúrbios eletrolíticos. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. p. 691-701.

Draibe AS. Insuficiência renal crônica. In: Ajen H, Schor N. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar.UNIFEST. Escola de medicina. Baureri: Manole; 2002.p.179-92.

Martinelli R, Rocha H. Infecção do trato urinário.In: Riella MC. Princípios de nefrologia e distúrbios eletrolíticos. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;2003. p. 490-505.

Azevedo DF, Correa MC, Botre L, Mariano RM, Assis RR, Grossi L et al. Sobrevida e causas de mortalidade em pacientes hemodialíticos. Rev Assoc Méd Minas Gerais. 2009;19(2):117-22.

Zatz R. Insuficiência renal crônica (IRC). In: Riella MC. Princípios de nefrologia e distúrbios eletrolíticos.4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. p.649-60.

Gross JL et al. Nefropatia diabética. In: Riella MC.Princípios de nefrologia e distúrbios eletrolíticos. 4ª ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. p. 597-608.

Carvalho MFC, Franco MF, Soares VA.Glomerulonefrites Primárias. In: Riella MC. Princípios de nefrologia e distúrbios eletrolíticos. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. p. 402-23.

Ministério da Saúde (BR), Departamento de Atenção Básica. Diretrizes conceituais da atenção básica.Brasília; 2004.

Publicado

2013-08-16

Como Citar

Monteiro Sampaio, R. M., Coelho, M. O., Pinto, F. J. M., & Osteme, E. P. R. (2013). Perfil epidemiológico de pacientes nefropatas e as dificuldades no acesso ao tratamento - doi:10.5020/18061230.2013.p95. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 26(1), 94–100. https://doi.org/10.5020/2635

Edição

Seção

Artigos Originais