Consumo de frutas e hortaliças entre usuárias de uma unidade de saúde

Autores

  • Cateline Machado Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI - Itajaí-SC - Brasil
  • Doroteia Aparecida Höfelmann Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - Florianópolis-SC - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5020/2901

Palavras-chave:

Frutas, Verduras, Hábitos Alimentares.

Resumo

Objetivo: Identificar o consumo de frutas e hortaliças, além de fatores sociodemográficos, estilo de vida e situação de saúde das usuárias de uma Unidade de Saúde. Métodos: Estudo transversal, realizado com mulheres usuárias de uma Unidade de Atenção Básica de Saúde de Joinville-SC, no mês de julho de 2008. Para a coleta de dados, utilizaram-se medidas antropométricas e a aplicação de um questionário composto por questões sociodemográficas e sobre o consumo de frutas e hortaliças no dia anterior à entrevista. A ingestão em gramas e a frequência foram comparadas à recomendação da Organização Mundial da Saúde. Por meio da Regressão de Poisson, calcularam-se as razões de prevalência (RP), com intervalos de confiança de 95%. Resultados: Avaliaram-se 299 mulheres, com idade entre 26 e 84 anos. A maioria (n=226; 75,6%) apresentou excesso de peso. O consumo de frutas variou entre duas vezes ao mês e todos os dias. Mais da metade (167, 55,9%) das avaliadas relatou frequência de consumo diária e 41,1% (n=123) consumiam mais de 400g de frutas e hortaliças ao dia. A prevalência de consumo inadequado foi de 57,9% (n=173), no entanto, entre as de faixa etária mais avançada, o consumo foi mais adequado. Conclusão: Observou-se prevalência elevada de consumo insuficiente de frutas e hortaliças entre as mulheres avaliadas, sendo mais adequado nas mulheres de idade avançada. As demais variáveis investigadas não estiveram estatisticamente associadas. doi:10.5020/18061230.2013.p173

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abegunde DO, Mathers CD, Adam T, Ortegon M, Strong K. The burden and costs of chronic diseases in low-income and middle-income countries. Lancet.

;370(9603):1929-38.

Harding AH, Wareham NJ, Bingham SA, Khaw K, Luben R, Welch A, et al. Plasma vitamin C level, fruit and vegetable consumption, and the risk of new-onset type 2 diabetes mellitus: the European prospective investigation of cancer--Norfolk prospective study. Arch Intern Med. 2008;168(14):1493-9.

Willett WC. Fruits, vegetables, and cancer prevention:

turmoil in the produce section. J Natl Cancer Inst.

;102(8):510-1.

Murphy MM, Barraj LM, Herman D, Bi X, Cheatham R, Randolph RK. Phytonutrient intake by adults in the United States in relation to fruit and vegetable consumption. J Acad Nutr Diet. 2012;112(2):222-9.

Nunez-Cordoba JM, Martinez-Gonzalez MA.

Antioxidant vitamins and cardiovascular disease. Curr

Top Med Chem. 2011;11(14):1861-9.

Yusof AS, Isa ZM, Shah SA. Dietary patterns and risk of colorectal cancer: a systematic review of cohort studies (2000-2011). Asian Pac J Cancer Prev.

;13(9):4713-7.

Sies H, Stahl W, Sevanian A. Nutritional, dietary and postprandial oxidative stress. J Nutr. 2005;135(5):969-

Ministério da Saúde (BR), Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição - Secretaria de Atenção à Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

Waxman A. Prevention of chronic diseases: WHO global strategy on diet, physical activity and health. Food Nutr Bull. 2003;24(3):281-4.

Monteiro CA, MH DAB, Conde WL, Popkin BM.

Shifting obesity trends in Brazil. Eur J Clin Nutr.

;54(4):342-6.

Gittelsohn J, Wolever TM, Harris SB, Harris-Giraldo R, Hanley AJ, Zinman B. Specific patterns of food consumption and preparation are associated with diabetes and obesity in a Native Canadian community. J Nutr. 1998;128(3):541-7.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: Antropometria e Estado Nutricional de Crianças, Adolescentes e Adultos. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.

Levy-Costa RB, Sichieri R, Pontes Ndos S, Monteiro CA. [Household food availability in Brazil: distribution and trends (1974-2003)]. Rev Saude Publica.

;39(4):530-40.

Reis DM, Pitta DR, Ferreira HM, Jesus MC, Moraes

ME, Soares MG. Health education as a strategy for the promotion of oral health in the pregnancy period]. Cien

Saude Colet. 2010;15(1):269-76.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Cidades: 2011. Brasília; 2010.

Jaime PC, Monteiro CA. Fruit and vegetable intake by

Brazilian adults, 2003. Cad Saude Publica. 2005;21

Suppl:19-24.

Pinheiro A, Lacersa E, Benezecry E, Gomes M, Costa V. Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras. Rio de Janeiro: 1993.

Philipp ST LA, Cruz ATR, Ribeiro LC. Pirâmide Alimentar Adaptada: Guia para escolha dos alimentos. Rev Nutr. 1999;12(1):65-80.

Waxman A. WHO global strategy on diet, physical activity and health. Food Nutr Bull. 2004;25(3):292-

World Health Organization, WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation. World Health Organ Tech Rep Ser.

;894:i-xii, 1-253.

Han TS, van Leer EM, Seidell JC, Lean ME. Waist circumference action levels in the identification of cardiovascular risk factors: prevalence study in a random sample. BMJ. 1995;311(7017):1401-5.

Peixoto MR, Monego ET, Alexandre VP, Souza RG, Moura EC. Surveillance of risk factors for chronic diseases through telephone interviews: experience in Goiania, Goias State, Brazil. Cad Saude Publica.

;24(6):1323-33.

Neutzling MB, Rombaldi AJ, Azevedo MR, Hallal PC. Factors associated with fruit and vegetable intake among adults in a southern Brazilian city. Cad Saude Publica. 2009;25(11):2365-74.

Giugliano R, Shrimpton R, Arkcoll D, Giugliano L, Petrere JM. Diagnóstico da realidade alimentar e nutricional do Estado do Amazonas. Rev Acta Amazônica. 1978;8(Supl 2):36-41.

Bleil S. O Padrão alimentar ocidental:considerações sobre a mudança de hábitos no Brasil. Cad Debate.

;6(1):20-5.

Brasil P. Consumo de frutas no Brasil está abaixo do recomendado pela OMS, mostra pesquisa. 10:30 - Portal Brasil. Brasília: Agência Brasil, 2011. vol. 2012.

Ramalho R, Saunders C. O papel da educação nutricional no combate às carências nutricionais Rev Nutr. 2000;13(1):11-6.

Silva C. Consumo de frutas e hortaliças e conceito de alimentação saudável em adultos de Brasília. Universidade Federal de Brasília, 2011.

Pearson T, Russell J, Campbell MJ, Barker ME. Do ‘food deserts’ influence fruit and vegetable consumption?--A cross-sectional study. Appetite. 2005;45(2):195-7.

Najas MS, Andreazza R, de Souza AL, Sachs A, Guedes AC, Sampaio LR, et al. [Eating patterns among the elderly of different socioeconomic groups living in a urban area of southeastern Brazil]. Rev Saude Publica.

;28(3):187-91.

Morimoto JM, Latorre Mdo R, Cesar CL, Carandina L, Barros MB, Goldbaum M, et al. [Factors associated with dietary quality among adults in Greater Metropolitan Sao Paulo, Brazil, 2002]. Cad Saude Publica. 2008;24(1):169-78.

Vieira AC, Alvarez MM, de Marins VM, Sichieri R, da Veiga GV. [Accuracy of different body mass index reference values to predict body fat in adolescents]. Cad Saude Publica. 2006;22(8):1681-90.

Thompson FE, Midthune D, Subar AF, McNeel T, Berrigan D, Kipnis V. Dietary intake estimates in the National Health Interview Survey, 2000: methodology, results, and interpretation. J Am Diet Assoc.

;105(3):352-63; quiz 487.

Colaço J. Novidade, variedade e quantidade: os encontros e desencontros nas representações do comer em praças de alimentação em shopping-centers. Mneme Rev Virt Human. 2004;4(9):1-31.

Bingham SA. Limitations of the various methods for collecting dietary intake data. Ann Nutr Metab.

;35(3):117-27.

Publicado

2014-04-24

Como Citar

Machado, C., & Höfelmann, D. A. (2014). Consumo de frutas e hortaliças entre usuárias de uma unidade de saúde. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 26(2), 173–181. https://doi.org/10.5020/2901

Edição

Seção

Artigos Originais