Efeitos do treinamento de força a longo prazo sobre parâmetros hemodinâmicos e concentração de resistina em mulheres na pós-menopausa

Autores

  • Cecília Tardivo Marin Centro Universitário Central Paulista - UNICEP - São Carlos (SP) - Brasil
  • Heleodório Honorato dos Santos Universidade Federal da Paraíba - UFPB- João Pessoa (PB) - Brasil
  • João Paulo Botero Universidade Federal de São Paulo -UNIFESP - Baixada Santista - Santos (SP)- Brasil
  • Jonato Prestes Universidade Católica de Brasília - UCB- Brasília (DF) - Brasil
  • Guilherme Borges Pereira Universidade Federal de São Carlos -UFSCar - São Carlos (SP) - Brasil
  • Ramires Alsamir Tibana Universidade Católica de Brasília - UCB- Brasília (DF) - Brasil
  • Richard Diego Leite Universidade Federal de São Carlos -UFSCar - São Carlos (SP) - Brasil
  • Fabiano Cândido Ferreira Universidade Federal de São Carlos -UFSCar - São Carlos (SP) - Brasil
  • Sérgio Eduardo de Andrade Perez Universidade Federal de São Carlos -UFSCar - São Carlos (SP) - Brasil
  • Gilberto Eiji Shiguemoto Universidade Federal de São Carlos - UFSCar - São Carlos (SP) - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5020/2934

Palavras-chave:

Programa de Musculação por Levantamento de Peso, Mulheres, Pósmenopausa, Resistina, Pressão Arterial.

Resumo

Objetivo: Investigar a influência do treinamento de força (TF) sobre a concentração sorológica de resistina e pressão arterial de mulheres na pós-menopausa. Métodos: Estudo longitudinal, realizado na Universidade Federal de São Carlos, do qual participaram 23 mulheres sedentárias na pós-menopausa. O TF apresentou duração de 13 meses (dez/2008 a jan/2010), com duas sessões semanais, cada uma consistindo em três séries de 8-12 repetições máximas e um exercício para cada grupo muscular principal. Foi avaliada a força muscular máxima nos seguintes exercícios: supino, leg press 45° e flexão do cotovelo em pé. A concentração sérica de resistina foi determinada pelo método ELISA. No processamento estatístico, utilizou-se o ANOVA (com medidas repetidas) para comparar os momentos Pré, 6 meses e 13 meses (p<0,05). Para avaliar as correlações resistina × pressão arterial, resistina × força muscular e força × pressão arterial, utilizou-se o teste de correlação de Pearson. Resultados: As mulheres apresentaram o seguinte perfil antropométrico: 61,33±3,8 anos; estatura de 148,5±32,7 cm; massa corporal de 67,56±10,85 kg. O TF induziu a redução da concentração de resistina (30272,4±8100,1 versus 16350,6±2404,6 pg/mL) e pressão arterial sistólica (120,5±11,8 versus 115,8±1,6 mmHg), e o aumento da força muscular no leg press 45o (172,3±27,3 versus 348,6±40,8 kg), supino (31,9±4,1 versus 41,8±5,6 kg) e flexão do cotovelo (21,0±2,4 versus 26,5±2,9 kg) após os 13 meses (p<0,05). Conclusão: Os resultados deste estudo revelaram que o TF a longo prazo aumenta a força muscular máxima, diminui a pressão arterial sistólica e os níveis séricos da resistina – alterações fisiológicas benéficas para a redução do risco de doenças cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa. doi:10.5020/18061230.2013.p325

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Publicado

2014-05-05

Como Citar

Marin, C. T., Santos, H. H. dos, Botero, J. P., Prestes, J., Pereira, G. B., Tibana, R. A., Leite, R. D., Ferreira, F. C., Perez, S. E. de A., & Shiguemoto, G. E. (2014). Efeitos do treinamento de força a longo prazo sobre parâmetros hemodinâmicos e concentração de resistina em mulheres na pós-menopausa. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 26(3), 325–332. https://doi.org/10.5020/2934

Edição

Seção

Artigos Originais