Tuberculose pulmonar entre usuários de uma unidade de atenção básica

Autores

  • Monalisa Garcia de Oliveira Universidade Iguaçu - (UNIG)
  • Rafael Tavares Jomar Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Enfermagem
  • Maria Catarina Salvador da Motta Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Enfermagem Anna Nery

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p106

Palavras-chave:

Tuberculose Pulmonar, Diagnóstico, Programas de Rastreamento, Atenção Primária à Saúde

Resumo

Objetivo: Avaliar a prevalência de casos bacilíferos de tuberculose pulmonar entre usuários de uma unidade de atenção básica. Métodos: Estudo observacional, de corte transversal, realizado entre fevereiro e agosto de 2011 com 1.873 indivíduos maiores de 18 anos atendidos na Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada na zona norte do município do Rio de Janeiro-RJ (Brasil), selecionados por conveniência de forma não probabilística. Inicialmente, aplicou-se instrumento para o diagnóstico presuntivo de tuberculose pulmonar. Os indivíduos com escore positivo foram submetidos ao teste bacilífero. Realizou-se estatística descritiva com frequência simples e percentual, bem como teste exato de Fisher para avaliar a associação com sexo, idade e os resultados da baciloscopia de escarro. Resultados: Entre os indivíduos atendidos na UBS estudada, 157 (8,4%) apresentaram escore positivo para diagnóstico presuntivo de tuberculose. Nesses, os sintomas mais frequentes foram tosse (76,5%, n=13) e dor torácica (70,6%, n=12). Não houve associação significativa entre baciloscopia positiva com sexo (p=0,477) e idade (p=0,186). Conclusão: A ocorrência de casos bacilíferos de tuberculose pulmonar entre indivíduo com escore positivo de presunção dessa doença mostrou-se alta na unidade de saúde estudada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

World Health Organization. Global tuberculosis report 2013. Geneva: World Health Organization; 2013.

Brasil. Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde – DATASUS [acessado em 2013 Set 10]. Disponível em http://www.datasus.gov.br

World Health Organization. Treatment of tuberculosis: guidelines. Geneva: World Health Organization; 2010.

Freitas FTM, Yokota RTC, Castro APB, Andrade SSCA, Nascimento GL et al. Prevalência de sintomáticos respiratórios em regiões do Distrito Federal, Brasil. Revista Panamericana de Salud Publica. 2011;29(6):451-56.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

Golub JE, Mohan CI, Comstock GW, Chaisson RE. Active case finding of tuberculosis: historical perspective and future prospects. International Journal of Tuberculosis and Lung Disease. 2005;9(11): 1183-203.

Moreira CMM, Zandonade E, Lacerda T, Maciel ELN. Sintomáticos respiratórios nas unidades de atenção primária no Município de Vitória, Espírito Santo, Brasil. Cad Saúde Pública. 2010;26(8):1619-26.

Armazém de Dados. Instituto Pereira Passos [acessado em 2014 Jul 31]. Disponível em: http://portalgeo.rio.rj.gov.br

Castro CBA, Costa PA, Rufino,-Netto A, Maciel ELN, Kritski AL. Avaliação de um escore clínico para rastreamento de suspeitos de tuberculose pulmonar. Rev Saúde Pública. 2011;45(6):1110-16.

Mota MRT. Prevalência de sintomáticos respiratórios nos consultantes de primeira vez no Município de Fortaleza. Boletim de Pneumologia Sanitária. 2004;12(1):85-90.

Rodrigues ILA, Cardoso NC. Detecção de sintomáticos respiratórios em serviços de saúde da rede pública de Belém, Pará, Brasil. Rev Pan-Amazônica de Saude. 2010;1(1):67-71.

Bastos LGV, Fonseca LS, Mello FCQ, Ruffino-Netto A, Golub JL, Conde MB. Prevalence of pulmonary tuberculosis among respiratory symptomatic subjects in an out-patient primary health unit. International Journal of Tuberculosis and Lung Disease. 2007; 11(2):156-60.

Marín MAV, Cholula CT, Castillo RO. Tuberculosis pulmonar entre sintomáticos respiratorios detectados en las unidades de salud de la SSA, en el estado de Tlaxcala, México. Revista del Instituto Nacional de Enfermedades Respiratorias. 1999;12(1):29-34.

Santha T, Garg R, Subramani R, Chandrasekaran V, Selvakumar N, Sisodia RS, et al. Comparison of cough of 2 and 3 weeks to improve detection of smear-positive tuberculosis cases among out-patients in India. International Journal of Tuberculosis and Lung Disease. 2005;9(1):61-8.

Gustafson P, Gomes VF, Vieira CS, Rabna P, Seng R, Johansson P, et al. Tuberculosis in Bissau: incidence and risk factors in an urban community in sub-Saharan Africa. International Journal of Epidemiology. 2004;33(1):163-72.

Alcântara CCS, Kritski AL, Ferreira VG, Façanha MC, Pontes RS, Mota RS, et al. Fatores associados à tuberculose pulmonar em pacientes que procuram serviços de saúde de referência para tuberculose. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2012;38(5):622-29.

den Boon S, van Lill SW, Borgdorff MW, Verver S, Bateman ED, Lombard CJ, et al. Association between smoking and tuberculosis infection: a population survey in a high tuberculosis incidence area. Thorax. 2005;60(7):555-7.

Job JRPP, Prado PEBS, Vranjac S, Duarte PC. Comparação de dados epidemiológicos da tuberculose pulmonar em Sorocaba, SP, Brasil, em uma década (1986 - 1996). Revista de Saúde Pública. 1998; 32(6):596-597.

Vieira AA, Ribeiro SA, Siqueira AM, Galesi VMN, Santos LAR, Golub JE. Prevalence of patients with respiratory symptoms through active case finding and diagnosis of pulmonary tuberculosis among prisoners and related predictors in a jail in the city of Carapicuíba, Brazil. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2010; 13(4):641-50.

Monroe AA, Gonzales RIC, Palha PF, Sassaki CM, Ruffino Netto A, Vendramini SHF, Villa TCS. Envolvimento de equipes da atenção básica à saúde no controle da tuberculose. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2008;42(2):262-67.

Oliveira MF, Arcêncio RA, Ruffino Netto A, Scatena LM, Palha PF, Villa TCS. The front door of the Ribeirão Preto health system for diagnosing tuberculosis Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2011;45(4):898-904.

Loureiro RB, Villa TCS, Ruffino-Netto A, Peres RL, Braga JU, Zandonade E et al. Acesso ao diagnóstico da tuberculose em serviços de saúde do município de Vitória, ES, Brasil. Ciência e Saúde Coletiva. 2014;19(4):1233-44.

Muniz JN, Palha PF, Monroe AA, Gonzales RC, Ruffino-Netto A, Villa TCS. A incorporação da busca ativa de sintomáticos respiratórios para o controle da tuberculose na prática do agente comunitário de saúde. Ciência e Saúde Coletiva. 2005; 10(2):315-24.

Maciel ELN, Vieira RCA, Milani EC, Brasil M, Fregona G, Dietze R. O agente comunitário de saúde no controle da tuberculose: conhecimentos e percepções. Cadernos de Saúde Pública. 2008; 24(6):1377-1386.

Maciel ELN, Araújo WK, Giacomin SS, Jesus FA, Rodrigues PM, Dietze R. O conhecimento de enfermeiros e médicos que trabalham na Estratégia de Saúde da Família acerca da tuberculose no município de Vitória (ES): um estudo de corte transversal. Ciência e Saúde Coletiva. 2009; 14(Suppl 1):1395-1402.

Publicado

2015-03-30

Como Citar

de Oliveira, M. G., Jomar, R. T., & da Motta, M. C. S. (2015). Tuberculose pulmonar entre usuários de uma unidade de atenção básica. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 28(1), 106–112. https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p106

Edição

Seção

Artigos Originais