Percepção de homens após infarto agudo do miocárdio

Autores

  • Marina Belizário Vieira Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.
  • Wendel da Silva Souza Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.
  • Patrícia Freire Cavalcante Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.
  • Iracema Gonzaga Moura de Carvalho Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.
  • Rogério José de Almeida Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2017.5833

Palavras-chave:

Estilo de Vida, Infarto do Miocárdio, Pesquisa Qualitativa, Saúde do Homem.

Resumo

Objetivo: Compreender a percepção de homens sobre seus próprios sentimentos, as repercussões das mudanças no estilo de vida e a participação familiar após infarto agudo do miocárdio (IAM). Métodos: Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado entre março e junho de 2016, em Goiânia, Goiás, Brasil, no qual se aplicaram entrevistas semi-estruturadas a homens adultos que tiveram episódio de infarto. A análise das entrevistas se baseou na Teoria Fundamentada nos Dados (Grounded Theory), de onde emergiram as categorias explicativas: Sentimentos vivenciados pelos pacientes após diagnóstico de IAM; Repercussão da mudança no estilo de vida com enfoque na alimentação e atividade física; Envolvimento e suporte familiar. Resultados: Em meio aos diversos sentimentos que acompanham o diagnóstico de IAM, destacaram-se o medo da finitude e de desamparar a família. As mudanças no estilo de vida, como elemento essencial do tratamento não medicamentoso, eram iniciadas. Quanto à alimentação, porém, foram insuficientes, em parte, devido à falta de orientações nutricionais adequadas. No que se refere à prática de atividade física, havia conscientização adequada, mas prevaleceu a dificuldade de manutenção do novo hábito. As famílias se revelaram a fonte majoritária de apoio social, sendo decisivas nesse processo. A adesão demonstrou-se parcial, tendo a falta de continuidade como entrave principal. Conclusão: O sucesso do planejamento terapêutico contínuo depende da adesão dos usuários, com existência de dificuldades nesse aspecto, mesmo com suporte social adequado. Torna-se clara a necessidade da conscientização sobre prevenção secundária e seus benefícios, de educação alimentar e da manutenção da mudança de hábitos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marina Belizário Vieira, Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.

Graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.

Wendel da Silva Souza, Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.

Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.

Patrícia Freire Cavalcante, Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.

Graduada em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás. Graduada em Medicina pela PUC Goiás. Mestre em Ciências Ambientais e Saúde pela PUC Goiás.

Iracema Gonzaga Moura de Carvalho, Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.

Doutora em Ciências da Saúde. Professora Adjunta do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.

Rogério José de Almeida, Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás

Doutor em Sociologia. Pós-doutorando em Ciências da Saúde. Professor Adjunto do Departamento de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Saúde da Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás.

Referências

Rocha RM, Martins WA. Manual de prevenção cardiovascular. In: Rocha RM. Epidemiologia das doenças cardiovasculares e fatores de risco. São Paulo: Planmark; Rio de Janeiro: SOCERJ; 2017. p. 10-5.

Ministério da Saúde (BR). Informações de saúde: estatísticas vitais, mortalidade e nascidos vivos: mortalidade geral 1996 a 2013 pela CID-10. Brasília: DATASUS; 2013.

Souza CF, Maehara A, Lima E, Guimarães LFC, Carvalho AC, Alves CMR, et al. Caracterização morfológica e tecidual de lesões culpadas em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do Segmento ST após uso de fibrinolítico. Análise com ultrassom intracoronário e tecnologia iMAP®. Rev Bras Cardiol Invasiva. 2014;22(3):225-32.

Xavier HT, Izar MC, Faria JR Neto, Assad MH, Rocha VZ, Sposito AC, et al. V Diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose. Arq Bras Cardiol. 2013;101(4):1-20.

Pompa JAG, Perez JMG. Factores de riesgo para la ocurrencia de infarto agudo del miocardio en pacientes fumadores. Rev Cub Salud Pública. 2013;39(4):679-88.

Piegas LS, Avezum A, Guimarães HP, Muniz AJ, Reis HJL, Santos ES, et al. Comportamento da síndrome coronariana aguda: resultados de um registro brasileiro. Arq Bras Cardiol. 2013;100(6):502-10.

Chaves G, Britez N, Munzinger J, Uhlmann L, Gonzales G, Oviedo G, et al. Education to a healthy lifestyle improves symptoms and cardiovascular risk factors – AsuRiesgo Study. Arq Bras Cardiol. 2015;104(5):347-55.

Deslandes A. The biological clock keeps ticking, but exercise may turn it back. Arq. Neuropsiquiatr. 2013;71(2):113-8.

Soares TS, Piovesan CH, Gustavo AS, Macagnan FE, Bodanese LC, Feoli AMP. Hábitos alimentares, atividade física e escore de risco global de Framingham na síndrome metabólica. Arq Bras Cardiol. 2014;102(4):374-82.

Gallo AM, Laurenti R. Mudança de hábitos e atitudes em sobreviventes de infarto agudo do miocárdio e angioplastia primária. Saúde (Santa Maria). 2014:40(2):59-66.

Hemmi APA, Conceição JA, Santos DDM. Representações sociais de homens sobre saúde e doença: contribuições para o cuidado. Rev Enferm Cent-Oeste Min. 2015;5(1):1457-68.

Santos DAM, Navarro WYS, Alexandre LM, Cestari PF, Smanio PEP. Prevalência de isquemia miocárdica na cintilografia em mulheres nos períodos pré/pós-menopausa. Arq Bras Cardiol. 2013;101(6):487-94.

Simões RS, Sasso GRS, Silva RF, Baracat EC, Soares JM Jr.. Incidência de doenças cardiovasculares e estrogênios na pós-menopausa. Rev Bras Med. 2015;72(4):166-70.

Gerhardt TE, Silveira DT. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS; 2009.

Prodanov CC, Freitas EC. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho científico. 2ª ed. Novo Hamburgo: Feevale; 2013.

Hospital Santa Casa de Misericórdia. Serviço de Cardiologia. Goiânia; 2017.

Manzini EJ. Entrevista semiestruturada: análise de objetivos e de roteiros. Marília: UNESP; 2004.

Pinto CMA Teoria fundamentada como método de pesquisa para ambientes virtuais de aprendizagem. Caminhos Linguística Aplic. 2012;7(2):78-96.

Sousa MZ, Oliveira VLM. Vivenciando o infarto: experiência e expectativas dos pacientes. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2005;9(1):72-9.

Silva MAS, Marques PTV, Castro DFA, Padula MPC, Yano KT, Coimbra ALL, et al. Relação entre orientação, ansiedade e dor em pacientes submetidos ao cateterismo cardíaco. Arq Méd Hosp Fac Ciênc Med Santa Casa São Paulo. 2016;61(1):28-34.

Oliveira LB, Puschel VAA. Conhecimento sobre a doença e mudança do estilo de vida em pessoas pós-infarto. Rev Eletrônica. Enferm. 2013;15(4):1026-33.

Katz DL, Meller S. Can we say what diet is best for health? Annu Rev Public Health. 2014;35:83-103.

Martinez-Gonzales MA, Bes-Rastrollo M. Nutrition and cardiovascular disease. In: Rothkopf MM, Nusbaum MJ, Haverstick LP. Metabolic medicine and surgery. Flórida: CRC; 2014, p. 1-31.

Baena RC. Dieta vegetariana: riscos e benefícios. Diagn Tratamento. 2015;20(2):56-64.

Backshall J, Ford GA, Bawamia B, Quinn L, Trenell M, Kunadian V. Physical activity in th5 management of patients with coronary artery disease: a review. Cardiol Rev. 2015;23(1):18-25.

Jones K, Saxon L, Cunningham W, Adams P. Secondary prevention for patients after a myocardial infarction: summary of updated NICE guidance. BMJ. 2013;347:f6544.

Swift DL, Lavie CJ, Johannsen NM, Arena R, Earnest CP, O’Keef JH, et al. Physical activity, cardiorespiratory fitness, and exercise training in primar and secondary coronary prevention. Circ J. 2013;77(2):281-92.

Siervuli MTF, Silva AS, Silva AC, Muzzi RAL, Santos GAB. Infarto do miocárdio: alterações morfológicas e breve abordagem da influência do exercício físico. Rev Bras Cardiol. 2014;27(5):349-55.

Rivas-Estany E, Sixto-Fernandez S, Barrera-Sarduy J, Hernandez-Garcia S, Gonzalez-Guerra R, Stusser-Beltranena R. Efectos del entrenamiento físico de larga duración sobre la función y remodelación del ventrículo izquierdo en pacientes con infarto miocárdico de pared anterior. Arch Cardiol Méx. 2013;83(3):167-73.

Araújo CGS. Reabilitação cardíaca: muito além da doença coronariana. Arq Bras Cardiol. 2015;105(6):549-51.

Izeli NL, Santos AJ, Crescêncio JC, Gonçalves AC, Papa V, Marques F. Aerobic training after myocardial infarction: remodeling evaluated by cardiac magnetic resonance. Arq Bras Cardiol. 2016;106(4):311-8.

Giallauria F, Acampa W, Ricci F, Vitelli A, Maresca L, Mancini M, et al. Effects of exercise training started within 2 weeks after acute myocardial infarction on myocardial perfusion and left ventricular function: a gated SPECT imaging study. Eur J Prev Cardiol. 2012;19(6):1410-9.

Lee HY, Kim JH, Kim BO, Byun YS, Cho S, Goh CW, et al. Regular exercise training reduces coronary restenosis after percutaneous coronary intervention in patients with acute myocardial infarction. Int J Cardiol. 2013;167(6):2617-22.

Gielen S, Laughlin MH, O’Conner C, Duncker DJ. Exercise training in patients with heart disease: review of beneficial effects and clinical recommendations. Prog Cardiovasc Dis. 2015;57(4):347-55.

Anderson L, Oldridge N, Thompson DR, Zwisler AD, Rees K, Martin N, et al. Exercise-based cardiac rehabilitation for coronary heart disease: cochrane systematic review and meta-analysis. J Am Coll Cardiol. 2016;67(1):1-12.

Junehag L, Asplund K, Svedlund M. A qualitative study: perceptions of the psychosocial consequences and access to support after an acute myocardial infarction. Intensive Crit Care Nurs. 2014;30(1):22-30.

Garcia RP, Budó MLD, Viegas AC, Cardoso DH, Schwartz E, Muniz RM. Estrutura e vínculos de uma família após infarto agudo do miocárdio. Cuidarte. 2015;6(1):991-8.

Zanchet AT, Marin AH. Perfil psicossocial de pacientes com síndrome coronariana aguda. Psicol Saúde Doenças. 2014;15(3):656-70.

Garcia RP, Budó MLD, Schwartz E, Simón BS, Silva FM. Apoio social frente à necessidade de cuidado após infarto do miocárdio. Rev Bras Enferm. 2015;68(4):649-55.

Scherer C, Stumm EMF, Loro MM, Kirchner RM. O que mudou em minha vida? considerações de indivíduos que sofreram infarto agudo do miocárdio. Rev Eletrônica Enferm. 2011;13(2):296-305.

Pomeshkina S, Borovik IV, Barbarash OL. Adherence to non-medication treatment in patients undergoing coronary artery bypass surgery. Eur Heart J. 2013;34(1):1213-8.

Publicado

2017-09-29

Como Citar

Vieira, M. B., Souza, W. da S., Cavalcante, P. F., Carvalho, I. G. M. de, & Almeida, R. J. de. (2017). Percepção de homens após infarto agudo do miocárdio. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 30(3). https://doi.org/10.5020/18061230.2017.5833

Edição

Seção

Artigos Originais