Mapeamento epidemiológico das hepatites hospitalares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2019.8714

Palavras-chave:

Hepatite B, Hepatite C, Epidemiologia, Notificação de Doenças.

Resumo

Objetivo: Analisar os aspectos sociodemográficos e epidemiológicos de pacientes com hepatite B e/ou C atendidos em um hospital universitário do Nordeste brasileiro. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico, realizado no Hospital Universitário do Piauí com 98 pacientes diagnosticados com hepatite B e/ou C de julho/2014 a dezembro/2017. Os dados foram coletados a partir das fichas de investigação de hepatites virais e analisados através do SPSS. Resultados: A maioria dos participantes tinha mais de 60 anos (48,0%, n=47), era do sexo masculino (67,3%, n=66), de cor parda (77,6%, n=76), com ensino fundamental completo ou menos (58,1%, n=57), procedente da zona urbana (88,8%, n=87) e aposentado (28,6%, n=28). Verificou-se que 58,2% (n=57) não possuía vacinação contra hepatite B e, entre os portadores do vírus C, prevaleceram os genótipos 1 e 3. A hepatite crônica se fez presente em 75,5% (n=74) dos casos e como fontes mais frequentes de infecção predominaram a via transfusional e sexual e o uso de drogas. Identificou-se associação estatística significativa para o vírus B entre: pacientes com idade de 40 a 59 anos, procedentes de outros municípios, de zona urbana e transmissão sexual; e, para o vírus C, entre: idosos, procedentes de Teresina, de zona urbana, forma crônica da doença e transmissão transfusional. Conclusão: Constatou-se uma maior prevalência das hepatites virais hospitalares em pacientes idosos, do sexo masculino e com baixa escolaridade, que já se apresentava na forma crônica da doença, sendo o vírus C o mais frequente.

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Biografia do Autor

Lígia Maria Cabedo Rodrigues, Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí.

Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual da Paraíba (2008). Especialista em Saúde da Família pela modalidade de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade pela UFPB (2009/2011) e Enfermeira do Trabalho pela Faculdade Integrada de Patos/FIP (2011). Mestre em Epidemiologia em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRZ (2015). Especialista em Vigilância em Saúde pelo Hospital Sírio Libanês (2016). Atualmente é integrante do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Alberto Neto em Teresina-PI e enfermeira da Unidade de Vigilância em Saúde do Hospital Universitário do Piauí.

Érida Zoé Lustosa Furtado, Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí - UFPI.

Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí, UFPI. Especialização em Saúde da Família pela Universidade Federal do Maranhão, UFMA. Especialização em Docência do Ensino Superior pela Universidade Estadual do Piauí, UESPI. Especialização em Enfermagem do Trabalho pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão, IBPEX. Mestrado em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Piauí, UFPI. Atualmente é integrante da Unidade de Vigilância em Saúde do Hospital Universitário do Piauí.

Anne Karoline Nunes de Oliveira, Universidade Federal do Piauí - UFPI – Teresina (PI).

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí - UFPI – Teresina (PI).

Jaqueline da Cunha Morais, Universidade Federal do Piauí - UFPI – Teresina (PI).

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí - UFPI – Teresina (PI).

Maria Tainara dos Santos Resende, Universidade Federal do Piauí - UFPI – Teresina (PI).

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí - UFPI – Teresina (PI).

Vanessa Rodrigues da Silva, Universidade Federal do Piauí – UFPI – Parnaíba (PI).

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí, UFPI. Enfermeira da Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família pela Universidade Federal do Piauí – UFPI – Parnaíba (PI).

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Publicado

2019-11-19

Como Citar

Rodrigues, L. M. C., Furtado, Érida Z. L., Oliveira, A. K. N. de, Morais, J. da C., Resende, M. T. dos S., & Silva, V. R. da. (2019). Mapeamento epidemiológico das hepatites hospitalares. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 32. https://doi.org/10.5020/18061230.2019.8714

Edição

Seção

Artigos Originais