Método canguru: percepção materna acerca da vivência na unidade de terapia intensiva neonatal

Autores

  • Natália Paz Nunes Universidade Federal do Ceará
  • Úrsula Maria Lima Pessoa Universidade Federal do Ceará
  • Daniela Gardano Bucharles Mont'Alverne Universidade Federal do Ceará
  • Fabiane Elpídio de Sá Universidade Federal do Ceará
  • Elisete Mendes Carvalho Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p387

Palavras-chave:

Método Canguru, Recém-Nascido, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal

Resumo

Objetivo: Conhecer a percepção materna acerca da vivência na primeira etapa do Método Canguru na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Métodos: Estudo descritivo, de caráter exploratório e de natureza qualitativa, realizado no período de agosto a outubro de 2014, com 10 mães de recém-nascidos pré-termo (RNPT) que se encontravam internados na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Fortaleza-Brasil, e que haviam feito o contato pele a pele por meio do Método Canguru durante a internação na UTIN. Coletaramse os dados por entrevista semiestruturada, direcionados por questões norteadoras. Para tratamento dos dados, utilizou-se análise de conteúdo, sendo estabelecidas quatro categorias: “O vínculo e o apego”, “A competência materna”, “O medo da perda do bebê” e “A importância da equipe multidisciplinar”. Resultados: O Método Canguru é uma prática segura e prazerosa para mães e familiares, além de propiciar vantagens sociais e psicoafetivas que se encontram no imaginário da institucionalização do método e na experiência das mães quando adequadamente apoiadas. Pode-se evidenciar significados dos sentimentos maternos de insegurança em decorrência do primeiro contato físico com o filho hospitalizado. No tocante a avaliação de sua prática clínica, este vem proporcionando melhor desenvolvimento do neonato e uma diminuição do tempo de internação hospitalar. Conclusão: O estudo apresenta relevância, pois a visão da percepção materna no que concerne este método faz com que este se firme como prática obrigatória em maternidades, tendo em vista seus benefícios para mãe e neonato.

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Biografia do Autor

Natália Paz Nunes, Universidade Federal do Ceará

Fisioterapeuta/ Pós-graduanda em Fisioterapia em Neonatologia e Pediatria

Úrsula Maria Lima Pessoa, Universidade Federal do Ceará

Mestranda em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará

Daniela Gardano Bucharles Mont'Alverne, Universidade Federal do Ceará

Doutorando em Ciências na área de Concentração de Pneumologia pela Universidade de São Paulo

Fabiane Elpídio de Sá, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará - Eixo de pesquisa: Família, Sexualidade e Educação.

Elisete Mendes Carvalho, Universidade Federal do Ceará

Doutorado em Farmacologia

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Publicado

2015-12-15

Como Citar

Nunes, N. P., Pessoa, Úrsula M. L., Mont’Alverne, D. G. B., de Sá, F. E., & Carvalho, E. M. (2015). Método canguru: percepção materna acerca da vivência na unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 28(3), 387–393. https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p387

Edição

Seção

Artigos Originais