Frequência de hábitos alimentares saudáveis entre estudantes de uma universidade pública do Nordeste do Brasil

Autores

  • Natanael de Jesus Silva Department of Nutrition, Federal University of Sergipe, Brazil.
  • Adelson Alves Oliveira-Júnior Department of Nutrition, Federal University of Sergipe, Brazil.
  • Oscar Felipe Falcão Raposo Department of Statistics and Actuarial Sciences, Federal University of Sergipe, Brazil.
  • Danielle Góes da Silva Department of Nutrition, Federal University of Sergipe, Brazil.
  • Raquel Simões Mendes-Netto Department of Nutrition, Federal University of Sergipe, Brazil.
  • Kiriaque Barra Ferreira Barbosa Department of Nutrition, Federal University of Sergipe, Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p227

Palavras-chave:

Estudantes, Hábitos Alimentares, Estado Nutricional, Fidelidade a Diretrizes, Promoção da Saúde.

Resumo

Objetivo: O objetivo deste estudo foi medir a frequência de hábitos alimentares saudáveis entre estudantes de uma universidade pública do Nordeste do Brasil. Métodos: Este é um estudo transversal de base populacional. A amostra foi aleatoriamente composta por 993 graduandos, ambos os sexos e idade entre 18 e 35 anos. A frequência de hábitos alimentares saudáveis foi avaliada a partir da adesão aos 10 Passos para a Alimentação Saudável propostos pelo Ministério da Saúde do Brasil. A frequência de cada passo foi coletada por meio de perguntas compiladas a partir de publicações prévias. Resultados: Os passos da alimentação saudável, que tiveram as menores frequências de adesão, estiveram relacionados à prática de adicionar sal aos alimentos prontos (18,6%, n=185) e ao consumo de frutas e hortaliças (28,3%, n=281) e de alimentos gordurosos (21,5%, n=213) e ricos em açúcar (48,9%, n=486). No entanto, observou-se um adequado consumo de feijão (83,8%, n=832) e a prevalência de estado nutricional eutrófico de 69,6% (n=691) entre os estudantes. Nenhum dos indivíduos entrevistados aderiu a todos os passos da alimentação saudável. A taxa média de adesão foi de, pelo menos, 6 passos. Homens e mulheres apresentaram hábitos e preferências alimentares distintos. Conclusão: Os estudantes universitários apresentaram baixa frequência de hábitos alimentares saudáveis devido à alta ingestão de alimentos ricos em gordura e açúcar e devido, principalmente, ao baixo consumo de frutas e vegetais e a prática de adição de sal aos alimentos já preparados. Isto pode, por sua vez, predispô-los a um maior risco de morbidade e mortalidade por doenças não transmissíveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Riet JV, Sijtsema SJ, Dagevos H, Bruijn GJ. The importance of habits in eating behavior. An overview and recommendations for future research. Appetite. 2011;57(3):585-96.

Colares V, Franca C, Gonzalez E. Health-related behavior in a sample of Brazilian college students: gender differences. Cad Saúde Pública. 2009;25(3):521-8.

López MJO, Guindo PN, Aponte EA, Martínez FM, Serrana HLG, Martínez MCL. Evaluación nutricional de una población universitaria. Nutr. Hosp. 2006;21(2):179-83.

Shmukh-Taskar P, Nicklas TA, Yang SJ. Does food group consumption vary by differences in socioeconomic, demographic, and lifestyle factors in young adults? The Bogalusa Heart Study. J Am Diet Assoc. 2007;107(2):223-34.

Vieira VCR, Priore SE, Ribeiro SMR, Franceschini SCC, Almeida LP. Socioeconomic, nutritional and health profile of adolescents recently admitted to a Brazilian public university. Rev Nutr. 2002;15(3):273-282.

Chapman CD, Benedict C, Brooks SJ, Schiöth HB. Lifestyle determinants of the drive to eat: a metaanalysis. Am J Clin Nutr. 2012;96(3):492-7.

Ganasegeran K, Al-Dubai SAR, Qureshi AM, Al-abed AAA, Rizal AM, Aljunid SM. Social and psychological factors affecting eating habits among university students in a Malaysian medical school: a crosssectional study. Nutr J. [Internet]. 2012 [accessed on 2015 Nov 25];11:1-7. Available from: https://nutritionj. biomedcentral.com/articles/10.1186/1475-2891-11-48

Alves HJ, Boog MCF. Food behavior in student residence halls: a setting for health promotion. Rev Saúde Pública. 2007;41(2):197-204.

Feitosa EPS, Dantas CAO, Andrade-Wartha ERS, Marcellini OS, Mendes-Netto RS. Food habits of students of one public university of Northeast, Brazil. Alim Nutr. 2010;21(2):225-30.

Perez PM, Castro IR, Franco AD, Bandoni DH, Wolkoff DB. Dietary practices of quota and non-quota students at a Brazilian public university. Cienc Saúde Coletiva. 2016;21(2):531-42.

Pelletier JE, Graham DJ, Laska MN. Social norms and dietary behaviors among young adults. Am J Health Behav. 2014;38(1):144-52.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008‐2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.

Ng M, Fleming T, Robinson M, Thomson B, Graetz N, Margono C, et al. Global, regional, and national prevalence of overweight and obesity in children and adults during 1980-2013: A systematic analysis for the global burden of disease study 2013. Lancet. 2014;384(9945):766-81.

World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Geneva: WHO; 1997.

Vinholes DB, Assunção MCF, Neutzling MB. Frequency of healthy eating habits measured by the 10 Steps to Healthy Eating score proposed by the Ministry of Health. Pelotas, Rio Grande do Sul State, Brazil. Cad Saúde Pública. 2009;25(4):791-9.

Ministério da Saúde (BR). 10 passos para a alimentação saudável [accessed on 2011 Dez 18]. Available from: http://nutricao.saude.gov.br/documentos/10passos_adultos.pdf

World Health Organization. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases: report of a joint WHO/ FAO expert consultation. Geneva: WHO; 2003.

World Health Organization. Global Strategy on diet, physical activity and health. Geneva: WHO; 2003.

Luo J, Agley J, Hendryx M, Gassman R, Lohrmann D. Risk patterns among college youth: identification and implications for prevention and treatment. Health Promot Pract. 2015;16(1):132-41.

Gomes ALC. Indicador da qualidade da alimentação em mulheres nos diferentes estratos sociais [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2003.

World Health Organization. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva: WHO; 1995. (Technical Report Series, n. 854).

Carvalho AM, Piovezan LG, Selem SSC, Fisberg RM, Marchioni DML. Validation and calibration of selfreported weight and height from individuals in the city of São Paulo. Rev Bras Epidemiol. 2014;17(3):735-46.

Santana GJ, Silva NJ, Costa JO, Vázquez CMP, Silva DG, Barbosa KBF. Body Mass Index as cardiometabolic risk indicator compared to body fat percentage. J Health Sci Inst. 2015;33(1):63-8.

Bion FM, Chagas MHC, Muniz GS, Sousa LGO. Estado nutricional, medidas antropométricas, nível socioeconómico y actividad física en universitários brasileños. Nutr Hosp. 2008;23(3):234-41.

Harasym J, Oledzki R. Effect of fruit and vegetable antioxidants on total antioxidant capacity of blood plasma. Nutrition. 2014;30(5):511-7.

Williams RA, Roe LS, Rolls BJ. Comparison of three methods to reduce energy density. Effects on daily energy intake. Appetite. 2013;66:75-83.

Trinidad TP, Mallillin AC, Loyola AS, Sagum RS, Encabo RR. The potential health benefits of legumes as a good source of dietary fibre. Br J Nutr. 2010;103(4):569-74.

Blank MM, Wentzensen N, Murphy MA, Hollenbeck A, Park Y. Dietary fat intake and risk of ovarian cancer in the NIH-AARP Diet and Health Study. Br J Cancer. 2012;106(3):596-602.

Shankar E, Vykhovanets EV, Vykhovanets OV, Maclennan GT, Singh R, Bhaskaran N, et al. High-fat diet activates pro-inflammatory response in the prostate through association of Stat-3 and NF-κB. Prostate. 2012;72(3):233-43.

El Ansari W, Stock C, Mikolajczyk RT. Relationships between food consumption and living arrangements among university students in four European countries: a cross-sectional study. Nutr J. [Internet]. 2012 [accessed on 2015 Nov 25];11:1-7. Disponível

Available from: https://nutritionj.biomedcentral.com/ articles/10.1186/1475-2891-11-28

Chrysant SG. Effects of high salt intake on blood pressure and cardiovascular disease: the role of COX inhibitors. Clin Cardiol. 2016;39(4):240-2.

Rombaldi AJ, Neutzling MB, Silva MC, Azevedo MR, Hallal PC. Factors associated with regular non-diet soft drink intake among adults in Pelotas, Southern Brazil. Rev Saude Publica. 2011;45(2):382-90.

Miquel-Kergoat S, Azais-Braesco V, Burton-Freeman B, Hetherington MM. Effects of chewing on appetite, food intake and gut hormones: A systematic review and meta-analysis. Physiol Behav. 2015;151:88-96.

Cluskey M, Grobe D. College weight gain and behavior transitions: male and female differences. J Am Diet Assoc. 2009;109(2):325-9.

Fontes ACD, Vianna RPT. Prevalence and factors related to low level physical activity among university students in a public university in the northeast region of Brazil. Rev Bras Epidemiol. 2009;12(1):20-9.

Jakicic JM, King WC, Marcus MD, Davis KK, Helsel D, Rickman AD, et al. Short-term weight loss with diet and physical activity in young adults: The IDEA study. Obesity (Silver Spring). 2015;23(12):2385-97.

Downloads

Publicado

2016-08-17

Como Citar

Silva, N. de J., Oliveira-Júnior, A. A., Raposo, O. F. F., da Silva, D. G., Mendes-Netto, R. S., & Barbosa, K. B. F. (2016). Frequência de hábitos alimentares saudáveis entre estudantes de uma universidade pública do Nordeste do Brasil. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 29(2), 227–234. https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p227

Edição

Seção

Artigos Originais