Anomalias congênitas em nascidos vivos

Autores

  • Andréia Moreira Andrade Universidade Federal do Acre
  • Alanderson Alves Ramalho Universidade Federal do Acre
  • Simone Perufo Opitz Universidade Federal do Acre
  • Fernanda Andrade Martins Universidade Federal do Acre
  • Rosalina Jorge Koifman Escola Nacional de Saúde Pública - FIOCRUZ

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2017.6309

Palavras-chave:

Anormalidades Congênitas, Declaração de Nascimento, Estudos Transversais.

Resumo

Objetivo: Analisar a prevalência e possíveis fatores associados às anomalias congênitas em um município do estado do Acre. Métodos: Estudo transversal, descritivo, baseado nos dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do município de Rio Branco, Acre, Brasil, no período de 2001 a 2013. A variável desfecho foi a presença de anomalias congênitas e as variáveis independentes estavam relacionadas à mãe e ao nascido vivo. Odds Ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% foram estimados por regressão logística. Resultados: A prevalência de anomalias congênitas esteve presente em 0,2% dos nascidos vivos no período analisado, e as mais frequentes foram: as deformidades osteomusculares (41,3%), seguidas das malformações do sistema nervoso (17,9%); observando-se associação com a idade da mãe, <15 e ≥35 anos (OR 1,72; IC95% 1,03; 2,87), o parto cesáreo (OR 1,85; IC95% 1,29; 2,65), o menor escore de Apgar no 1º (OR 3,54; IC95% 1,69; 7,42) e 5º minutos (OR 13,65; IC95% 4,00; 46,61) e o peso ao nascer ≤1.499g (OR 5,09; IC95% 2,32; 11,19). Conclusão: A chance de apresentar anomalia congênita foi maior entre: nascidos vivos de mães muito jovens ou em idade avançada; pré-termos com menos de 32 semanas gestacionais; nascidos de parto cesáreo; nascidos vivos que apresentaram grau de dificuldade grave para Apgar 1º e 5º; e neonatos que apresentaram extremo baixo peso.

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Biografia do Autor

Andréia Moreira Andrade, Universidade Federal do Acre

Docente da Universidade Federal do Acre com Graduação em Farmácia-Bioquímica pela UFMT, especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela UFMT, mestrado em Saúde Coletiva pela UFAC/ENSP, doutorado em andamento em Saúde Pública e Meio Ambiente pela ENSP/FIOCRUZ.

Alanderson Alves Ramalho, Universidade Federal do Acre

Docente da Universidade Federal do Acre com Graduação em Nutrição, mestrado em Saúde Coletiva pela UFAC/ENSP, doutorado em andamento em Saúde Pública e Meio Ambiente pela ENSP/FIOCRUZ.

Simone Perufo Opitz, Universidade Federal do Acre

Doutorado em Enfermagem em Saúde Pública, Docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil.

Fernanda Andrade Martins, Universidade Federal do Acre

Docente da Universidade Federal do Acre com Graduação em Nutrição, mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá, UEM, doutorado em andamento em Saúde Coletiva UFAC.

Rosalina Jorge Koifman, Escola Nacional de Saúde Pública - FIOCRUZ

Doutorado em Saúde Pública, Pesquisadora titular da Escola Nacional de Saúde Pública, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, Brasil.

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Publicado

2017-09-29

Como Citar

Andrade, A. M., Ramalho, A. A., Opitz, S. P., Martins, F. A., & Koifman, R. J. (2017). Anomalias congênitas em nascidos vivos. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 30(3). https://doi.org/10.5020/18061230.2017.6309

Edição

Seção

Artigos Originais