Política nacional do idoso: percepção dos gestores e perfil dos idosos de um município de pequeno porte

Autores

  • Cássia Letícia dos Reis Centro Universitário Univates
  • Lydia Christmann Espindola Koetz Centro Universitário Univates
  • Eduardo Périco Centro Universitário Univates

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p496

Palavras-chave:

Idoso, Gestão em Saúde, Políticas Públicas.

Resumo

Objetivo: Identificar a percepção dos gestores municipais sobre a PNI, relacionando-a ao perfil sociodemográfico dos idosos e as estratégias de atenção à saúde em um município de pequeno porte do Rio Grande do Sul. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo-exploratório, de abordagem quanti-qualitativa. As entrevistas foram realizadas com seis gestores de um único município e 134 idosos, identificados por questionário sociodemográfico. As entrevistas foram transcritas e analisadas a partir da análise de conteúdo. A análise estatística foi realizada no programa SPSS versão 21, com aplicação do teste Qui-Quadrado e adotado p<0,05. Resultados: Ao longo das entrevistas com os gestores emerge o desconhecimento acerca da PNI, impactando no planejamento das ações. A saúde é representada a partir da ausência da doença, relacionando-a como freqüente no envelhecimento. A análise estatística aponta resultados significativos na relação entre escolaridade e acesso ao serviço (p<0,01) e avaliação dos idosos sobre os serviços (p=0,00). Conclusão: A falta de conhecimento dos gestores no que se refere à PNI impacta diretamente nas ações de saúde para esse ciclo de vida no município. Os idosos eram, na sua maioria, do sexo feminino, com ensino fundamental incompleto, aposentados que usavam unidade básica de saúde e que não identificavam seu papel de controle social para o planejamento de ações que sejam de seu interesse.

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Publicado

2016-11-29

Como Citar

Reis, C. L. dos, Koetz, L. C. E., & Périco, E. (2016). Política nacional do idoso: percepção dos gestores e perfil dos idosos de um município de pequeno porte. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 29(4), 496–505. https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p496

Edição

Seção

Artigos Originais