Política Industrial Brasileira: uma análise de clusters dos desafios enfrentados pela indústria nacional e políticas adotadas de 2004 a 2018

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2318-0722.2021.27.2.11329

Palavras-chave:

Política industrial. Fatores econômicos. Análise de clusters.

Resumo

Após um período com foco em medidas de estabilidade macroeconômica, as políticas industriais foram retomadas pelo Brasil a partir de 2004, todavia com conflitos sobre as formas que deveriam assumir. Existem teorias que as defendem apenas para sanar falhas de mercado, enquanto outras as entendem como motor incentivador da economia. Ambas precisam ir ao encontro dos desafios enfrentados pela indústria do Brasil. Por isso, o objetivo deste artigo foi avaliar se políticas industriais criadas pelo Brasil de 2004 a 2018 estavam alinhadas com os desafios enfrentados pelo setor industrial. O período analisado retrata o ciclo de retomada das políticas industriais, a começar pela Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), em 2004, terminando com o Rota 2030, no ano de 2018. O estudo utilizou a análise multivariada de clusters (aglomerados) e crosstabs (cruzamento de tabelas) para 19 setores industriais, os quais foram agrupados no primeiro ano das políticas industriais de acordo com o desempenho observado em seus fatores econômicos, tais como faturamento, exportação e inovações, entre outros. Foi verificado o grupo mais representativo e ainda avaliados os desafios enfrentados por ele, bem como os objetivos propostos pelas políticas industriais. Os resultados mostraram que os problemas da indústria nacional foram considerados por boa parte das políticas criadas no período. Acredita-se que esta pesquisa amplia a visão sobre políticas industriais, estruturação de variáveis denominadas fatores econômicos, com potencial de mensurar a conjuntura industrial do país e no direcionamento para construção de políticas para o setor industrial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rogério César Corgosinho, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Economista, Mestre em Administração pela Universidade Federal de Lavras, Professor do Grupo Ânima Educação e Secretário de Desenvolvimento Econômico de Lagoa da Prata-MG.

Cristina Lelis Leal Calegario, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Professora do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras.

Cláudio Roberto Caríssimo, Universidade Federal de Lavras (UFLA) Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL)

Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Minas Gerais, doutorando em Administração pela Universidade Federal de Lavras e Professor Assistente na Universidade Federal de Alfenas.

Sheldon William Silva, Universidade Federal de Lavras (UFLA) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais

Mestre em Administração pela Fundação Pedro Leopoldo, doutorando pela Universidade Federal de Lavras e Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais.

Referências

ALMEIDA, Mansueto. Desafios da real política industrial brasileira do século XXI. Brasília, p. 1-73, dez.2009. (Texto para Discussão, 1452).

BONELLI, R., VEIGA, P. M., BRITO, A. As políticas industrial e de comércio exterior no Brasil: rumos e indefinições. Brasília p. 1-77, 1997. (Texto para Discussão, 527).

BRASIL. Ministério da Economia.Programa Brasil mais produtivo. Brasília: Ministério da Economia. Disponível em: Link. Acesso em: 14 nov. 2018.

BRASIL. Lei nº 12.175, de 17 de setembro de 2012. Altera a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários devidas pelas empresas que especifica; institui o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores ...Diário Oficialda União. Brasília. Disponível em: Link. Acesso em: 14 jul. 2020.

CAMPOS NETO, C. A. S.; MOURA, F. S. Investimentos na infraestrutura econômica:avaliação do desempenho recente. Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, Brasília, n. 18, p. 1-20, 2012.

CEPAL, NU. Avaliação de desempenho do Brasil mais produtivo.Brasília: CEPAL, IPEA, 2018.

CASSIOLATO, José Eduardo. Globalização e tecnologias da informação e comunicações: a importância das políticas públicas. Globalization, [S. l.], v. 246, p. 10, 1997.

DE TONI, Jackson. Novos arranjos institucionais na renovação da política industrial brasileira. Ensaios FEE, [S. l.], v. 28, n. 1, p. 1-31, 2007.

FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Por uma política industrial desenhada a partir do tecido industrial. São Paulo: Política Industrial, Atlas, v. 1, p. 7-16, 2004.

FURTADO, J. Quatro eixos para a política industrial. In: FLEURY,M.T.L.;JOHNSON, R.; WICHERN, D. Applied multivariate statistical analysis. 3. ed. New Jersey: Prentice Hall, 1992.

LEMOS, Mauro Borges et al. Tecnologia, especialização regional e produtividade: um estudo da pecuária leiteira em Minas Gerais. Revista de Economia e Sociologia Rural, [S. l.], v. 41, n. 3, p. 117-138, 2003.

MANLY, B. F. J. Multivariate Satistical Methods:a primer. New York: Chapman and Hall, 1986.

SALERNO, Mario Sergio; DAHER, Talita. Política industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo federal (PITCE): balanço e perspectivas. Brasília: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, 2006.

TEMER sanciona MP que cria programa de incentivos ao setor automotivo rota 2030. G1 Online. São Paulo, 8 nov. 2018. Disponível em: Link. Acesso em: 12 abr. 2019.

Downloads

Publicado

21.10.2021

Como Citar

CORGOSINHO, R. C.; CALEGARIO, C. L. L.; CARÍSSIMO, C. R.; SILVA, S. W. Política Industrial Brasileira: uma análise de clusters dos desafios enfrentados pela indústria nacional e políticas adotadas de 2004 a 2018. Revista Ciências Administrativas, [S. l.], v. 27, n. 2, 2021. DOI: 10.5020/2318-0722.2021.27.2.11329. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rca/article/view/e11329. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos