Influência do Lócus de Controle Na Resiliência de Pós-Graduandos: Um Estudo com Alunos dos Cursos de Negócios

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2318-0722.2022.28.e11846

Palavras-chave:

resiliência, lócus de controle, programas de pós-graduação, stricto sensu

Resumo

Este artigo objetivou analisar a influência do lócus de controle na resiliência dos alunos de programas de pós-graduação stricto sensu da área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo. A amostra final foi composta de 145 alunos e os dados foram tratados por meio de estatística descritiva, análise fatorial e regressão múltipla. Dentre os resultados, evidencia-se que os alunos com lócus de controle interno predominante têm maiores estímulos para serem resilientes frente aos desafios diários da alta carga de estudos. Eles acreditam em seus esforços e habilidades para o alcance dos resultados, apresentam maior competência pessoal, aceitação de si mesmo e da vida e maior autoconfiança. Por outro lado, alunos com lócus de controle externo maior, encontram dificuldades de serem resilientes na competência pessoal e autoconfiança. O estudo, portanto, contribui com alunos e coordenadores dos programas de pós-graduação para maior entendimento do lócus de controle e suas influências na resiliência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francielle Corazza, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó)

Mestre em Ciências Contábeis e Administração na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó).

André Carlos Einsweiller, Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

Mestre em Ciências Contábeis e Administração na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó). Professor na Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC).

Antonio Zanin, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Doutor em Engenharia de Produção Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Escola de Administração e Negócios (ESAN).

Cristian Baú Dal Magro, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó)

Doutor em Ciências Contábeis e Administração Universidade Regional de Blumenau (FURB), Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó).

Edicreia Andrade dos Santos, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Doutora em Contabilidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora do Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Referências

Albuquerque, F. J. B., Vera Noriega, J. A., Martins, C. R., & Neves, M. T. S. (2008). Lócus de controle e bem-estar subjetivo em estudantes universitários da Paraíba. Psicologia para América Latina, (13). Link

Barlach, L., Limongi-França, A. C., & Malvezzi, S. (2008). O conceito de resiliência aplicado ao trabalho nas organizações. Interamerican Journal of Psychology, 42(1), 101-112. Link

Begley, T. M., & Boyd, D. P. (1987). Psychological characteristics associated with performance in entrepreneurial firms and smaller businesses. Journal of Business Venturing, 2(1), 79-93. DOI: 10.1016/0883-9026(87)90020-6

Burger, J. M. (1989). Negative reactions to increases in perceived personal control. Journal of Personality and Social Psychology, 56(2), 246-256. DOI: 10.1037/0022-3514.56.2.246

Carneiro, L. L., & Fernandes, S. R. P. (2015). Bem-estar pessoal nas organizações e lócus de controle no trabalho. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 15(3), 257-270. DOI: 10.17652/rpot/2015.3.599

Conner, D. R. (1995). Gerenciando na velocidade da mudança. Infobook.

Connor, K. M. (2006). Assessment of resilience in the aftermath of trauma. Journal of Clinical Psychiatry, 67(2), 46-49. Link

Coronado-Hijón, A., & Paneque Folch, M. (2015). Resiliencia al fracaso escolar y desventaja sociocultural: un reto para la Orientación y la Tutoría. In A. Jiménez, & C. Silva (Ed.). Trauma, Contexto y Exclusión. Promocionando la resiliência (pp. 119-128). Grupo Editorial Universitário.

Corrar, L. J., Paulo, E., Dias Filho, J. M., & Rodrigues, A. (2011). Análise multivariada para os cursos de administração, ciências contábeis e economia. Atlas.

Damascena, L. G., França, R. D., & Silva, J. D. G. (2016). Relação entre lócus de controle e resiliência: um estudo com profissionais contábeis. Revista Contemporânea de Contabilidade, 13(29), 69-90. DOI: 10.5007/2175-8069.2016v13n29p69

Dela Coleta, J. A. (1982). Atribuição de causalidade: teoria e pesquisa. Editora da Fundação Getúlio Vargas.

Denhardt, J., & Denhardt, R. (2010). Building organizational resilience and adaptive management. In J. W. Reich, A. J. Zautra, J. S. Hall (Ed.). Handbook of adult resilience (pp. 333-349). The Guilford Press.

Fernandes, B. V. R., Lima, D. H. S., Vieira, E. T., & Niyama, J. K. (2011). Análise da percepção dos docentes dos cursos de graduação em Ciências Contábeis do Brasil quanto ao processo de convergência às normas internacionais de contabilidade aplicadas no Brasil. Revista Contabilidade e Controladoria, 3(3), 24-50. DOI: 10.5380/rcc.v3i3.22049

Garmezy, N., Masten, A. S., & Tellegen, A. (1984). The study of stress and competence in children: A building block for developmental psychopathology. Child Development, 55(1), 97-111. DOI: 10.2307/1129837

Grotberg, E. H. (2005). Introdução: novas tendências em resiliência em Melilli. In E. N. S. Ojeda et al. (Ed.). Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas (pp. 11-13). Artmed.

Hair Jr., Babin, B., Money, A., & Samouel, P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Bookman Companhia.

Haveroth, J., Ganz, A. C. S., Bilk, Â., & Silva, M. Z. (2019). Relação entre lócus de controle e resiliência de acordo com as características sociais dos estudantes de Contabilidade. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 13(1), 110-131. DOI: 10.17524/repec.v13i1.1845

Kaufmann, P. J., Welsh, D. H. B., & Bushmarin, N. V. (2010). Lócus de controle e empreendedorismo na República Russa. Teoria e Prática do Empreendedorismo, 20(1), 43-56.

Klonowicz, T. (2001). Discontented people: reactivity and locus of control as determinants of subjective well-being. European Journal of Personality, 15(1), 29-47. DOI: 10.1002/per.387

La Rosa, J. (2012). Lócus de controle: uma escala de avaliação. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 7(03), 327-344.

Levenson, H. (1981). Differentiating among internality, powerful others, and chance. In H. M. Lefcourt (Ed.). Research with the locus of control construct (pp. 15-63). Academic Press.

Loosemore, M., & Lam, A. S. Y. (2004). The locus of control: A determinant of opportunistic behaviour in construction health and safety. Construction Management and Economics, 22(4), 385-394. DOI: 10.1080/0144619042000239997

Luthar, S. S. (1991). Vulnerability and resilience: A study of high-risk adolescents. Child Development, 62(3), 600-616. Link

Mansor, N., Che-Ahmad, A., Ahmad-Zaluki, N. A., & Osman, A. H. (2013). Corporate governance and earnings management: A study on the Malaysian family and non-family owned PLCs. Procedia Economics and Finance, 7, 221-229. DOI: 10.1016/S2212-5671(13)00238-4

Masten, A. S., & Wright, M. O. (2010). Resilience over the Lifespan: Developmental Perspectives on Resistance, Recovery, and Transformation. In J. W. Reich, A. J. Zautra, J. S. Hall (Ed.). Handbook of adult resilience (pp. 213-237). The Guilford Press.

Ng, T. W. H., Sorensen, K. L., & Eby, L. T. (2006). Locus of control at work: a meta-analysis. Journal of Organizational Behavior, 27(8), 1057-1087. Link

O’Brien, G. E. (1984). Lócus of control, word and retirement. In H. M. Lefcourt (Ed). Research with the Locus of control construct: Extensions and limitations (vol. 3, pp. 7-72). Academic Press.

Pesce, R. P., Assis, S. G., Avanci, J. Q., Santos, N. C., Malaquias, J. V., & Carvalhaes, R. (2005). Adaptação transcultural, confiabilidade e validade da escala de resiliência. Cadernos de Saúde Pública, 21(2), 436-448. DOI: 10.1590/S0102-311X2005000200010

Pettit, T. J., Fiksel, J., & Croxton, K. L. (2010). Ensuring supply chain resilience: development of a conceptual framework. Journal of Business Logistics, 31(1), 1-21. DOI: 10.1002/j.2158-1592.2010.tb00125.x

Portzky, M., Wagnild, G., De Bacquer, D., & Audenaert, K. (2010). Psychometric evaluation of the Dutch Resilience Scale RS-nl on 3265 healthy participants: a confirmation of the association between age and resilience found with the Swedish version. Scandinavian Journal of Caring Sciences, 24(Suppl. 1), 86-92. DOI: 10.1111/j.1471-6712.2010.00841.x

Reed, S. A., Kratchman, S. H., & Strawser, R. H. (1994). Job satisfaction, organizational commitment, and turnover intentions of United States accountants. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 7(1), 31-58. DOI: 10.1108/09513579410050371

Reich, J. W., Zautra, A. J., & Hall, J. S. (Ed.). (2010). Handbook of adult resilience. Guilford Press.

Richardson, G. E. (2002). The metatheory of resilience and resiliency. Journal of Clinical Psychology, 58(3), 307-321. DOI: 10.1002/jclp.10020

Rodrigues, D. M. (2007). Os aspectos cognitivos da qualidade de vida: um estudo entre as variáveis do lócus de controle e as do bem-estar subjetivo [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Link

Rodrigues, D. M., & Pereira, C. A. A. (2007). A percepção de controle como fonte de bem-estar. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 7(3), 181-196. Link

Rogge, J. F. N., & Lourenço, M. L. (2015). A resiliência humana no ambiente acadêmico de cursos stricto sensu. Revista de Administração IMED, 5(3), 291-301. DOI: 10.18256/2237-7956/raimed.v5n3p

Rotter, J. B. (1966). Generalized expectancies for internal versus external control of reinforcement. Psychological monographs: General and applied, 80(1), 1-28. DOI: 10.1037/h0092976

Santos, A. C. M. (2011). Um estudo da associação da resiliência do gestor e o sucesso do empreendimento no contexto das micro e pequenas empresas [Dissertação de Mestrado, Faculdade Campo Limpo Paulista]. Link

Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. D. (2011). Relações entre bem-estar subjetivo e satisfação conjugal na abordagem da psicologia positiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(4), 658-665. DOI: 10.1590/S0102-79722011000400005

Serin, N. B., Serin, O., & Sahin, F. S. (2010). Factors affecting the locus of control of the university students. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 2(2), 449-452. Link

Silveira, D. R., & Mahfoud, M. (2008). Contribuições de Viktor Emil Frankl ao conceito de resiliência. Estudos de Psicologia, 25(4), 567-576. DOI: 10.1590/S0103-166X2008000400011

Tugade, M. M., & Fredrickson, B. L. (2004). Resilient individuals use positive emotions to bounce back from negative emotional experiences. Journal of Personality and Social Psychology, 86(2), 320. DOI: 10.1037/0022-3514.86.2.320

Vera Noriega, J. Á., Albuquerque, F. J. B. D., Laborín Alvarez, J. F., Oliveira, L. M. S., & Coronado, G. (2003). Locus de controle em uma população do nordeste brasileiro. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 19(3), 211-220. DOI: 10.1590/S0102-37722003000300003

Wagnild, G. M., & Young, H. M. (1993). Development and psychometric. Journal of Nursing Measurement, 1(2), 165-178.

Xue, S., Kidd, M. P., Le, A. T., Kirk, K., & Martin, N. G. (2020). The role of locus of control in adulthood outcomes: Evidence from Australian twins. Journal of Economic Behavior & Organization, 179, 566-588. DOI: 10.1016/j.jebo.2020.09.018

Zautra, A. J., Hall, J. S., & Murray, K. E. (2010). Resilience: a new definition of health for people and communities. In J. R. Reich, A. J. Zautra, & J. S. Hall (Ed.). Handbook of Adult Resilience (pp. 3-30). Guilford.

Downloads

Publicado

26.05.2022

Como Citar

CORAZZA, F.; EINSWEILLER, A. C.; ZANIN, A.; DAL MAGRO, C. B.; SANTOS, E. A. dos. Influência do Lócus de Controle Na Resiliência de Pós-Graduandos: Um Estudo com Alunos dos Cursos de Negócios. Revista Ciências Administrativas, [S. l.], v. 28, p. e11846, 2022. DOI: 10.5020/2318-0722.2022.28.e11846. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rca/article/view/11846. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos