Análise Comparativa dos Retornos Efetuados e Estimados de Ações de Empresas Brasileiras

Autores

  • Kascilene Gonçalves Machado Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.5020/2318-0722.2020.26.1.8360

Palavras-chave:

Modelo de precificação de ativos, Modelo 3-Fatores de Fama e French, Modelo 5-Fatores de Fama e French, risco-brasil, ações.

Resumo

Este trabalho tem por objetivo verificar se valores estimados com os modelos propostos pelos autores Sharpe (1964) e Fama e French (1993) e 2015a) são eficientes para orientar os investidores. Para alcançar o objetivo proposto, realizou-se uma analise comparativa dos retornos efetuados e estimados das ações de 60 empresas brasileiras, no período de 2000 a 2018, através do cálculo das variações entre os retornos reais e estimados, identificando-se se os retornos realizados são próximos dos calculados. O trabalho mostra-se relevante, pois o estudo realizado testou e verificou se os modelos de precificação de ativos, clássicos da literatura de finanças, realmente são eficientes e devem ser utilizados pelos investidores como ferramenta de apoio a tomada de decisão em renda variável. A partir dos resultados da pesquisa, é possível responder quais modelos tendem a ser mais confiáveis e quais os cuidados que os investidores devem ter ao fazer uso desses modelos. Além disso, o artigo visa a preencher a lacuna de pesquisa sobre a eficiência dos modelos de precificação de ativos no mercado acionário brasileiro, abrangendo tanto uma quantidade maior de ações a serem analisadas quanto um período de pesquisa mais amplo, o que agrega diversos cenários econômicos (expansão, estagnação, crises econômicas e recessão). Os resultados obtidos a partir de análise comparativa dos retornos reais e estimados empregando o modelo de precificação de ativo de Sharpe (1964) e o modelo de três e cinco fatores proposto por Fama e French (1993) e (2015a) indicam que apenas um pequeno percentual dos retornos calculados ocorreu conforme os retornos efetuados no período de análise, o que evidencia que tais modelos devem ser empregados com outras ferramentas para apoio de decisão em investimentos em renda variáveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kascilene Gonçalves Machado, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutora em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá. Professora do Departamento de Administração da Universidade Federal de Juiz de Fora, Campus Avançado de Governador Valadares (UFJF-GV).

Referências

Argolo, E. F. B., Leal, R. P. C., & Almeida, V. S. (2012). O modelo de Fama e French é aplicável no Brasil? Rio de Janeiro: UFRJ /COPPEAD.

Assaf Neto, A., & Lima, F. G. (2014). Curso de administração financeira (3a ed.). São Paulo: Atlas.

Brasil Bolsa Balcão [B3]. (2019). Quantitativo de investidores na bolsa de valores. Link

Brasil. Ministério da Economia. (2019). Notícias sobre o tesouro direto. Link

Bajpai, S., & Sharma, A. K. (2015). An empirical testing of capital asset pricing model in India. Procedia - Social and Behavioral Sciences, 189, 259-265. DOI: 10.1016/j.sbspro.2015.03.221

Black, F., Jensen, M. C., & Scholes, M. (1972). The capital asset pricing model: Some empirical tests, in studies in the theory of capital markets. In M C. Jensen, Studies in the theory of capital markets (pp.79-121). New York: Praeger.

Cervo, A. L., & Bervian, P. A. (2007). Metodologia científica (6a ed.). São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Cunha, M. F. (2011). Avaliação de empresa no Brasil pelo fluxo de caixa descontado: Evidencias empíricas sob o ponto de vista do desempenho econômico-financeiro. (Tese de Doutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de São Paulo - FEA/USP). Link

Damodaran, A. (2012). Investment valuation: Tools and techniques for determining the value of any asset. (3a ed.) Nova Jersey, EUA: Wiley Finance.

D’Avila, M. (2019). Bolsa e tesouro direto alcançam juntos marca de 1 milhão de investidores. Link

Fama, E. F., & French, K. R. (1992). The cross-section of expected stock returns. Journal of Finance, 47(2), 427-465. DOI: 10.1111/j.1540-6261.1992.tb04398.x

Fama, E. F., & French, K. R. (1993). Common risk factors in the returns on stocks and bonds. Journal of Financial Economics, 33(1), 3-56. DOI: 10.1016/0304-405X(93)90023-5

Fama, E. F., & French, K. R. (2015a). A five-factor asset pricing model. Journal of Financial Economics, 116(1), 1-22. DOI: 10.1016/j.jfineco.2014.10.010

Fama, E. F., & French, K. R. (2015b). International tests of a five-factor asset pricing model. Fama-Miller Working Paper, Tuck School of Business Working Paper n. 2622782. DOI: 10.2139/ssrn.2622782

Instituto Assaf. (2019). Indicadores e demonstrações financeiras: Indicadores da economia. Link

Lakonishok, J., & Shapiro, A. (1986). Systematic risk, total risk and size as determinants of stock market returns. Journal of Banking and Finance, 10(1), 115-132.

Malaga, F. K., & Securato, J. R. (2004). Aplicação do modelo de três fatores de Fama e French no mercado acionário brasileiro: um estudo empírico do período 1995-2003. Trabalho apresentado no vigésimo oitavo Encontro Anual da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Administração, Curitiba, Brasil. Link

Martins, C. C., & Eid, W. Júnior. (2015). Pricing assets with Fama and French 5-factor model: A Brazilian market novelty. Trabalho apresentado no quinto Encontro Brasileiro de Finanças, São Paulo, Brasil. Link

Miralles-Quirós, M. D. M., Miralles-Quirós, J. L., & Gonçalves, L. M. V. (2017). Testing the efficiency-CAPM joint hypothesis in the Bovespa. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 7(3), 414-435.

Noda, R. F., Martelanc, R., & Kayo, E. K. (2016). O Fator de risco lucro/preço em modelos de precificação de ativos financeiros. Revista de contabilidade financeira – USP, 27(70), 67-79. DOI: 10.1590/1808-057x201412060

Nyangara, M., Nyangara, D., Ndlovu, G., & Tyavambiza, T. (2016). An empirical test of the validity of the capital asset pricing model on the Zimbabwe Stock Exchange. International journal of economics and financial issues, 6(2), 365-379.

Rayes, A. C. R. W., Araújo, G. S., & Barbedo, C. H. S. (2012). O modelo de 3 fatores de Fama e French ainda explica os retornos no mercado acionário brasileiro? Revista Alcance - Eletrônica, 19(1), 52-61.

Rogers, P., & Securato, J. R. (2009). Estudo comparativo no mercado brasileiro do Capital Asset Pricing Model (CAPM), modelo 3-fatores de Fama e French e reward beta approach. RAC-Eletrônica, 3(1), 159-179.

Scott, W. R. (2009). Financial accounting theory (5a ed.). Toronto, Ontario: Pearson Education Canada.

Sharpe, W. F. (1964). Capital asset prices: A theory of market equilibrium under conditions of risk. Journal of Finance, 19(3), 425-443. DOI: 10.2307/2977928

Silva, W. A. M., Trindade, J. A. S., Nagib, L. R. C., & Reina, D. (2017). O Efeito do CAPM em relação ao retorno das ações das empresas listadas no novo mercado do BM&FBovespa. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 7(3), 299-313.

Soranco, D., Cruz, J. A. W., Zanin, S., & Rocha, D. T. (2013). Precificação de ativos baseado no modelo Capital Asset Pricing Model (CAPM). Pensar Contábil, 15(58), 24-31.

Stambaugh, R. (1982). On the exclusion of assets from tests of the two-parameter model: A sensitivity analysis, Journal of Financial Economics, 10(3), 237-268. DOI: 10.1016/0304-405X(82)90002-2

Vieira, M. D. V, Maia, V. M., Klotzle, M. C., & Figueiredo, A. C. (2017). Modelo de cinco fatores de risco: Precificando carteiras setoriais no mercado acionário brasileiro. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 16(48), 86-104. DOI: 10.16930/2237-7662/rccc.v16n48.2376

Downloads

Publicado

24.06.2020

Como Citar

MACHADO, K. G. Análise Comparativa dos Retornos Efetuados e Estimados de Ações de Empresas Brasileiras. Revista Ciências Administrativas, [S. l.], v. 26, n. 1, 2020. DOI: 10.5020/2318-0722.2020.26.1.8360. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rca/article/view/e8360. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos