A visualidade no cordel a partir da seca de 1915: um percurso centenário

Autores

  • José Leite Junior

DOI:

https://doi.org/10.5020/23180714.2015.30.2.191-207

Palavras-chave:

Literatura e artes visuais, Seca nordestina, Literatura de cordel, Literatura comparada.

Resumo

Com o pressuposto de que a palavra precede a imagem, o presente artigo trata da estética da seca, tomando-se como referencial teórico a Semiótica Discursiva (Greimas). O ponto de partida da análise é o folheto “A seca do Ceará”, da autoria de Leandro Gomes de Barros. Esse poema tem como tema a tragédia da Seca de 1915. As imagens desse poema traduzem o tradicionalismo religioso e fatalista. Tais imagens poéticas tomam a forma de ilustrações, utilizadas nas capas dos folhetos de cordel, com destaque para a xilogravura. Somente nos anos de 1960 a xilogravura popular é recebida em museus de arte, como o Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará. Em produções contemporâneas, já se percebe a superação do tradicionalismo, a exemplo da obra poética de Patativa do Assaré e da xilogravura de Abraão Batista, cujos trabalhos comprovam a consciência dos autores sobre a luta de classes.

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Publicado

2016-05-12

Como Citar

Junior, J. L. (2016). A visualidade no cordel a partir da seca de 1915: um percurso centenário. Revista De Humanidades (Descontinuada), 30(2), 191–207. https://doi.org/10.5020/23180714.2015.30.2.191-207

Edição

Seção

Artigos