A construção de um passado

Autores

  • Marília Amaro da Silveira Modesto Santos

Resumo

Este texto se propõe a sugerir caminhos, levantar dificuldades e fazer sugestões sobre as possíveis trajetórias a serem percorridas na sala de análise com pacientes que apresentam algum prejuízo na transmissão psíquica geracional. Usando como referencial a vivência clínica com pacientes da terceira geração de imigrantes que vieram ao Brasil à procura de um abrigo, devido a traumas catastróficos, pude observar que esses pacientes necessitam que a nossa atenção fique voltada para alguns pontos importantes de suas vidas que serão enumerados neste texto. Faz-se necessário pensar em uma maneira de trabalhar com esses sujeitos na clínica psicanalítica, levando-se em conta as variáveis abaixo: muitasvezes a cultura desses pacientes pode ter ficado relegada; o trauma que a imigração pode ter deixado; as catástrofes que puderam ter ocasionado a imigração e o sentimento de estranheza que muitas vezes acompanha o estrangeiro e aquele que o hospeda. Devido à singularidade de cada sujeito observado, este trabalho não deve ser lido como um manual, como um compêndio de regras, mas como um conjunto de sugestões para a exploração de algumas possibilidades de escuta na clínica psicanalítica e como uma discussão das principais dificuldades encontradas no processo de análise com esses pacientes. Palavras chaves: transgeração, imigração, cultura, estranho, estrangeiro.

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Biografia do Autor

Marília Amaro da Silveira Modesto Santos

Psicóloga. Psicanalista, Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP. Membro do Laboratório de Psicopatologia Fundamental da PUC-SP.

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Publicado

25.10.2005

Como Citar

Modesto Santos, M. A. da S. (2005). A construção de um passado. Revista Subjetividades, 5(2), 281–299. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/1529

Edição

Seção

Artigos