Identidade e a degradação da carne

Autores

  • Christian Ingo Lenz Dunker
  • Fuad Kyrillos Neto

Resumo

A modernidade caracteriza-se por um duplo movimento na construção do corpo. Seu desencantamento e progressiva colonização como espaço homogêneo à natureza se faz acompanhar de um reencantamento de sua superfície como imagem. Neste movimento, o corpo surge como matriz última do indivíduo ideologicamente naturalizado e esteticamente artificializado. O presente estudo procura mostrar como há elementos críticos a esta concepção de corpo que residem na noção medieval de carne, entendida misticamente como exterioridade. Tal noção reaparece em Merleau-Ponty e em Lacan como forma de subversão do dualismo moderno. Nosso objetivo é mostrar como a carne reaparece em certas experiências limites retratadas pela estética contemporânea as quais mostram a degradação do corpo como uma forma de situar a paradoxalidade do objeto que supostamente representa. Palavras-chave: corpo, psicanálise, identidade, modernidade, ideologia.

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Biografia do Autor

Christian Ingo Lenz Dunker

Psicanalista, Doutor em Psicologia (USP), Professor do Mestrado em Psicologia da Universidade São Marcos.

Fuad Kyrillos Neto

Aluno do Programa de Doutorado em Psicologia Social pela PUC-SP. Mestre em Psicologia pela UNIMARCO. Editor responsável da Revista Mental. Coordenador do curso de Psicologia da UNIPAC – Ubá.

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Publicado

26.06.2006

Como Citar

Lenz Dunker, C. I., & Kyrillos Neto, F. (2006). Identidade e a degradação da carne. Revista Subjetividades, 6(1), 111–124. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/1542

Edição

Seção

Artigos