O Corpo como Suporte para a Inscrição do Sintoma

Autores

  • Danielle Curi
  • Maria das Graças Leite Villela Dias

DOI:

https://doi.org/10.5020/23590777.14.3.463-474

Palavras-chave:

corpo, inconsciente, sintoma de conversão, falo, gozo fálico.

Resumo

Foi a partir do sofrimento e do sintoma exibido no corpo que as histéricas levaram Freud a construir a psicanálise. Desde então, sabemos que há algo de revolucionário no olhar psicanalítico sobre o corpo, que é absolutamente distinto do olhar da medicina, uma vez que, para a psicanálise, o ser humano não se restringe ao corpo biológico. Ao trabalhar com as histéricas, Freud percebe que a fala delas demonstra o desejo, expresso pela via do sintoma. O que significa dizer que a teoria psicanalítica coloca em evidência, entre outras coisas, o corpo como efeito do inconsciente, marcado pela linguagem, lugar de realização de um desejo, bem como de satisfação da pulsão. Assim, o corpo, na perspectiva psicanalítica, se apresenta como resultado da relação entre o psíquico e o somático, por meio do qual se evidencia o conceito de pulsão: o corpo é, ao mesmo tempo, fonte e lugar de satisfação da pulsão. E os sintomas, por sua vez, localizam a relação que se estabelece com o modo de gozo do sujeito. Partindo dos caminhos da formação do sintoma histérico, em sua dupla vertente – sentido e gozo – abordaremos o caso Elizabeth von R., visando elucidar seu sintoma de conversão em suas relações com o falo e o gozo fálico.

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Biografia do Autor

Danielle Curi

Psicóloga. Psicanalista. Especialista em Psicanálise: Teoria e Prática pela Universidade Fumec. Mestre em Psicanálise pela Universidade Federal de São João del Rei. Linha de Pesquisa: Conceitos Fundamentais e Clínica Psicanalítica: Articulações.

Maria das Graças Leite Villela Dias

Doutora em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora do Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade Federal de São João del-Rei.

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Publicado

01.12.2014

Como Citar

Curi, D., & Dias, M. das G. L. V. (2014). O Corpo como Suporte para a Inscrição do Sintoma. Revista Subjetividades, 14(3), 463–474. https://doi.org/10.5020/23590777.14.3.463-474

Edição

Seção

Artigos