Sobre a importância do corpo para a continuidade do ser

Autores

  • Carlos Augusto Peixoto Junior Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

corpo, ser, continuidade, integração, personalização.

Resumo

Da forma como Donald Winnicott o entendia, o corpo seria essencial para a psique, na medida em que ela era vista, antes de tudo, como uma organização específica, proveniente da elaboração imaginativa das funções corporais. Contudo, do ponto de vista do indivíduo em processo de amadurecimento emocional, o autor não considerava que o “self” e o corpo seriam inerentemente superpostos. Ainda assim, para que houvesse saúde, seria necessário que essa superposição se tornasse um fato. Gradualmente, a psique chegaria a um acordo com o corpo, de tal forma que, na saúde, deveria existir um estado no qual as fronteiras corporais seriam também as fronteiras da psique. Levando em conta estas considerações, o objetivo principal do presente artigo é delimitar o lugar do corpo na obra do psicanalista inglês, procurando articular esse conceito com a experiência de continuidade do ser. Para isso, percorremos os seus principais artigos sobre o tema, desde os anos trinta até o início da década de setenta, supondo que desta maneira é possível detectar, de forma mais rigorosa, as principais transformações pelas quais passaram as relações entre corpo e ser. No decorrer deste percurso, são discutidas ainda outras noções e conceitos fundamentais formulados pelo autor, tais como os de integração, personalização, “holding” e “handling”, assim como a sua abordagem dos distúrbios psicossomáticos.

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Publicado

24.05.2016

Como Citar

Peixoto Junior, C. A. (2016). Sobre a importância do corpo para a continuidade do ser. Revista Subjetividades, 8(4), 927–958. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/4893

Edição

Seção

Artigos