O sujeito entre a disciplina e o controle: sobre as instituições de confinamento e os fenômenos de massa

Autores

  • Ricardo Salztrager Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

sujeito, sociedade disciplinar, sociedade de controle, contemporaneidade, psicanálise.

Resumo

A proposta do artigo é oferecer um confronto entre os modos de subjetivação favorecidos pela sociedade disciplinar e aqueles que o são pela sociedade de controle. Num primeiro momento, nos voltamos sobre o dinamismo da sociedade disciplinar para demonstrar que as instituições de confinamento propiciam a constituição de modos de subjetivação fortemente individualizados, porém sempre remetidos a uma norma. Tal estudo será feito a partir da investigação das conseqüências que os dispositivos de vigilância, de normalização e de exame promovem na vida subjetiva. Neste contexto, ensaios psicanalíticos como Totem e tabu e Moral sexual “civilizada” e doença nervosa moderna também servirão para a discussão das principais características dos modos de subjetivação disciplinados. Em seguida, examinamos as particularidades da sociedade de controle para demonstrar o seu favorecimento à produção de subjetividades híbridas e com forte tendência à homogeneidade. Tal exame se empreenderá mediante a constatação do relativo declínio do poder institucional na cena contemporânea e da conseqüente ascensão das inúmeras formações grupais massificantes. Assim, Psicologia das massas e análise do eu será de grande valia para os nossos propósitos na medida em que traz consigo a análise de modelos de subjetivação marcados fundamentalmente pelo hibridismo identificatório e pelo relativo silenciamento das singularidades individuais.

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Publicado

25.05.2016

Como Citar

Salztrager, R. (2016). O sujeito entre a disciplina e o controle: sobre as instituições de confinamento e os fenômenos de massa. Revista Subjetividades, 11(3), 1105–1132. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/5014

Edição

Seção

Artigos