Arte e Mediação Terapêutica: Sobre um Dispositivo com Adolescentes na Clínica- Escola

Autores

  • Maria Celina Peixoto Lima Universidade de Fortaleza
  • Karla Patrícia Holanda Martins Universidade de Fortaleza
  • Lorenna Pinheiro Rocha Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Paulo Alves Parente Jr Universidade de Fortaleza
  • Iane Pinto de Castro Universidade de Fortaleza
  • Nara Morais Pinheiro Universidade de Fortaleza
  • Mariana Domingues

Palavras-chave:

Saúde mental, Adolescência, Dispositivo clínico-institucional, Transferência, Arte.

Resumo

Pretende-se, no presente artigo, apresentar os resultados da pesquisa/ intervenção “Arte e mediação terapêutica: sobre um dispositivo com adolescentes na clínica-escola”. Ao longo de vinte e quatro meses, oito adolescentes entre 12 e 18 anos, inscritos nos Serviços de Psicologia Aplicada e de Terapia Ocupacional da Universidade de Fortaleza, foram acompanhados em oficinas semanais de artes plásticas, coordenadas por estagiários dos dois cursos e monitores do curso de Belas Artes. O grupo de jovens apresentava graves impasses no campo da aprendizagem escolar. O trabalho de intervenção objetivou, principalmente, a construção de um dispositivo clínico interdisciplinar, com privilégio da mediação terapêutica da arte, levando em conta as especificidades da problemática adolescente, em especial, aquelas relativas à transferência. Nesse sentido, o dispositivo funcionou inspirado em trabalhos institucionais já conhecidos no campo psicanalítico, como a “prática entre vários”. Os resultados apontaram que a transferência, nessa modalidade de intervenção, permite a negociação com algumas formas de movimento transferencial que frequentemente se apresentam na clínica psicanalítica com adolescentes. Simultaneamente, o uso da arte pode ser considerado um mediador terapêutico capaz de respeitar essas particularidades, além de promover estratégias representativas do movimento de separação dos laços primários em direção aos laços de sociabilidade ampliada. Através de uma experiência compartilhada de “re-criação”, a travessia do um ao Outro possibilita novas aberturas ao ato de aprender.

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Publicado

25.05.2016

Como Citar

Lima, M. C. P., Martins, K. P. H., Rocha, L. P., Parente Jr, P. A., Castro, I. P. de, Pinheiro, N. M., & Domingues, M. (2016). Arte e Mediação Terapêutica: Sobre um Dispositivo com Adolescentes na Clínica- Escola. Revista Subjetividades, 13(3-4), 775–796. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/5104

Edição

Seção

Artigos