Fausto como paradigma da melancolia

Autores

  • Pedro Heliodoro de Moraes Branco Tavares

Resumo

No presente artigo, pretendemos demonstrar, seguindo os caminhos abertos pelo próprio Freud ao construir suas teorias sobre a nosografia psicanalítica baseada em casos paradigmáticos – tais como Dora, para a histeria; o Homem-dos-Ratos, para a Neurose Obsessiva e Schreber, para a psicose – como poderíamos pensar em um modelo para a controversa estrutura ou tipo clínico da Melancolia no tema literário de Fausto como o seu melhor exemplo. Como o próprio Freud nos ensinou a aprender com as obras-primas da literatura universal e fez ele mesmo, de seus casos clínicos clássicos, grandiosas obras literárias, tomamos o protagonista do drama mais citado ao longo de sua obra (o Fausto de Goethe) como uma espécie de “apoio/anáclise” (Anlehnung) ficcional para a metapsicologia da Melancolia no que diz respeito às suas relações com o saber, a verdade, a estética, a inibição e assim por diante. Para tanto, contaremos como importante subsídio teórico, no que concerne à Melancolia em suas relações como a estética, com as obras de Marie-Claude Lambotte e tentaremos demonstrar como Fausto pode exteriorizar não tão somente as limitações desta estrutura clínica (neurose narcísica, de acordo com Lambotte), mas traz também as chaves para um saber-fazer baseado em suas condições subjetivas. Palavras-Chave: Fausto; Melancolia; Estruturas clínicas; Saber; Verdade.

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Biografia do Autor

Pedro Heliodoro de Moraes Branco Tavares

Psicanalista e Literato-Germanista, Doutor em Psicanálise e Psicopatologia Fundamental (UNIVERSITÉ PARIS VII), Doutor em Teoria Literária (UFSC), Psicólogo (UFSC), Especialista em Psicanálise (FES-SC), Mestre em Literatura (UFSC).

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Publicado

03.07.2009

Como Citar

Branco Tavares, P. H. de M. (2009). Fausto como paradigma da melancolia. Revista Subjetividades, 9(2), 459–486. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/1627

Edição

Seção

Artigos