Paternidade em Famílias Pós-divórcio cujo Pai detém a Guarda Unilateral dos Filhos

Autores

  • Rogério Isotton
  • Denise Falcke

DOI:

https://doi.org/10.5020/23590777.14.3.486-498

Palavras-chave:

paternidade, pai, guarda dos filhos, família, famílias pós-divórcio.

Resumo

Contemporaneamente, motivada por diversos movimentos sociais, a concepção de paternidade vem sofrendo mudanças, redefinindo-se diferentemente da paternidade tradicional, cujo pai detinha o poder e cumpria a responsabilidade pelo sustento familiar, dentre outras atribuições que o distanciavam da família. Hoje, alguns pais vivenciam modelos diferentes do tradicional, exercendo a paternidade com maior participação nas atividades domésticas, nos cuidados e na educação dos filhos e firmando vínculos próximos, afetuosos e amorosos com esses e a esposa. A partir desse novo cenário, delineado na literatura, o objetivo deste estudo é compreender o exercício da paternidade em famílias pós-divórcio cujo pai detém a guarda unilateral dos filhos. Participaram desta pesquisa de cunho qualitativo três pais com idade entre 29 e 44 anos, com a guarda unilateral, durante um período maior do que seis meses, com, pelo menos, um filho entre 6 e 13 anos de idade. Observou-se que os pais investigados exercem a paternidade de maneira diversa da tradicional, ainda que de forma diferenciada entre eles. Relacionam-se com os filhos afetuosamente e ressaltam o valor da proximidade e a satisfação que sentem por exercerem a paternidade dessa maneira. Por conviverem sozinhos com os filhos, acumulam as tarefas domésticas, os cuidados e a educação dos filhos e o lugar de provedor do lar. Em função disso, dividem com as crianças determinadas tarefas, geralmente as domésticas, enquanto, com relação aos custos com saúde, material escolar, vestimentas e eventuais necessidades de cuidados dos filhos, recebem ajuda de alguns componentes da família de origem. Para o sustento familiar, realizam atividades profissionais que possibilitam trabalho em casa e flexibilidade nos horários. Em dois dos casos, houve um distanciamento da mãe em relação à família do pai, porém em outro, a mãe recebia visitas regulares do filho.

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Biografia do Autor

Rogério Isotton

Mestre em Psicologia pela UNISINOS.

Denise Falcke

Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UNISINOS.

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Publicado

01.12.2014

Como Citar

Isotton, R., & Falcke, D. (2014). Paternidade em Famílias Pós-divórcio cujo Pai detém a Guarda Unilateral dos Filhos. Revista Subjetividades, 14(3), 486–498. https://doi.org/10.5020/23590777.14.3.486-498

Edição

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