O mal-estar na civilização: um diálogo entre Freud e Marcuse

Autores

  • Brunno Marcondes de Lima Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

Civilização. Mal-estar. Freud. Marcuse. Psicanálise

Resumo

Uma das questões presentes nos debates do mundo atual é sobre os diversos mal-estares que afligem grande parte da população mundial. O presente trabalho possui como objetivo analisar a questão da civilização a partir de determinados referenciais teóricos encontrados no pensamento de Sigmund Freud e Herbert Marcuse, mais especificamente nas obras O Mal-Estar na Civilização de Freud e Eros e Civilização de Marcuse. Procuramos em um primeiro momento observar algumas condições para o estabelecimento e o desenvolvimento da civilização em Freud, chegando até a ideia básica definida por este autor sobre o mal-estar que assola os indivíduos em sua vida civilizada. Procuramos levar em conta a interpretação filosófica proposta por Marcuse em relação à teoria psicanalítica, particularmente através dos conceitos de maisrepressão e princípio de desempenho e da extrapolação dos conceitos freudianos. Buscamos realizar uma articulação entre o pensamento dos dois autores, destacando algumas possíveis aproximações e distanciamentos entre as duas teorias. Foram verificadas certas diferenças no argumento destes dois autores em relação à problemática da civilização, especialmente na questão do mal-estar na civilização e de algumas possíveis saídas para esse mal-estar. Em Freud parece haver uma repressão básica atuante na civilização, enquanto que em Marcuse fora ressaltada a existência da mais-repressão, uma repressão adicional acrescentada ao processo de desenvolvimento da civilização pelos interesses de dominação.

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Publicado

24.05.2016

Como Citar

Lima, B. M. de. (2016). O mal-estar na civilização: um diálogo entre Freud e Marcuse. Revista Subjetividades, 10(1), 61–86. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/4916

Edição

Seção

Artigos