Perversão e ética na clínica psicanalítica

Autores

  • Silvia Lira Staccioli Castro

Resumo

O artigo examina a noção de perversão em psicanálise,questionando certos mitos, como o de que o perverso não está sujeito à angústia e é inacessível ao tratamento psicanalítico. Distingue-se, na metapsicologia freudiana, duas diferentes acepções do termo perversão: uma de alcance estrutural, referente ao caráter perverso polimorfo da sexualidade infantil, e outra, cujo paradigma é o fetichismo, que dá conta de uma sintomatologia peculiar, engendrada pela recusa frente à castração. São examinadas proposições sobre o tema, incluindo as lacanianas que promoveram grande avanço ao estudo. No cenário clínico, é como um discurso perverso na transferência que a perversão é examinada. Este discurso, performativo por excelência, busca do interlocutor que ateste a eficácia da insubmissão à Lei. Algumas formas em que o analista pode ser afetado pelas manobras do discurso perverso são examinadas, em uma reflexão que tem como foco a clínica psicanalítica, e visa contribuir para esclarecer o encaminhamento que pode ser dado pelo analista ao tratamento destes pacientes. Palavras-chave: perversão, recusa, angústia, castração, fetichismo.

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Biografia do Autor

Silvia Lira Staccioli Castro

Mestranda em Psicologia Clínica na PUC-Rio. Psicanalista

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Publicado

19.06.2003

Como Citar

Staccioli Castro, S. L. (2003). Perversão e ética na clínica psicanalítica. Revista Subjetividades, 3(1), 78–95. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/1161

Edição

Seção

Artigos