Antonin Artaud: de poeta do teatro da crueldade a tradutor

Autores

  • Márcia Rosa

Resumo

Este artigo apresenta o percurso de Antonin Artaud desde as suas primeiras tentativas de tratar o gozo através do teatro da crueldade e do enlouquecimento do subjetil-língua, do subjetil-corpo e do subjetil-sujeito, movimentos que acabam por mortificá-lo e leválo ao silêncio, até o seu encontro com o trabalho de tradução, através do qual Jean Michel Rey, no seu livro “La naissance de la poesie:Antonin Artaud (1991)”, mostra que Artaud rompe o silêncio mortificante, encontra alguma legilibidade e a possibilidade de voltar a estabelecer um laço social. Nesse sentido, as traduções surgem em sua função de suplência. Em função dessas questões, o artigo retoma a discussão proposta por Jacques Derrida em seus artigos “A palavra soprada” (1965) e “O teatro da crueldade e o fechamento da representação” (1966), sobre a inadequação dos comentários críticos ou mesmo clínicos, fundados sobre a idéia de exemplaridade, quando se trata de Artaud, o qual jamais aceitaria o escândalo de um pensamento separado da vida, em outros termos, jamais aceitaria uma separação vida-obra. Na leitura clínica a vida, a psiquê e o autor são tomados como exemplo enquanto nas leituras críticas predominam a obra e o texto em detrimento do sujeito. Palavras-chave: Artaud, teatro, tradução, critica, clínica.

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Biografia do Autor

Márcia Rosa

Profa. Recém doutora (FAPEMIG) no Depto de Psicologia (UFMG); Pós-Doutorado em Teoria Psicanalítica (UFRJ); Doutorado em Literatura Comparada (UFMG), Psicóloga, Psicanalista.

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Publicado

03.06.2009

Como Citar

Rosa, M. (2009). Antonin Artaud: de poeta do teatro da crueldade a tradutor. Revista Subjetividades, 9(2), 435–457. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/1626

Edição

Seção

Artigos