Reflexões acerca do Mal-estar de nosso Tempo: Algumas Figurações da Crueldade e Notas sobre o Ato Utópico

Autores

  • Caroline Schneider Brasil Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Edson Luiz André Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Contemporaneidade, Mal-estar, Genealogia da moral, Crueldade, Utopia.

Resumo

Este artigo pretende refletir sobre as figurações e o exercício da crueldade como formas emblemáticas de o ser humano lidar com o próprio fantasma, partindo do texto freudiano "O mal-estar na civilização" e do trabalho de Nietzsche, "Genealogia da moral". Com Freud, demarcamos as principais questões envolvidas na relação entre sujeito e cultura, apontando um antagonismo irremediável entre as exigências pulsionais e as restrições impostas pela cultura como condições imprescindíveis ao processo civilizatório. Nietzsche aborda o sentimento de culpa como um conceito construído a partir de parâmetros muito bem delimitados de certo tipo de moral. O conceito moral de culpa ou má consciência teve origem no conceito material de dívida – entendimento fundamental para que se possa compreender como se forma o "modus" de agir humano em que a crueldade encontra seu território. O campo da utopia surge como possibilidade de abertura de sentido, de visibilidade para a “cegueira do desejo” que não cessa de nos fazer repetir velhas formas de crueldade. A arte é tomada como metáfora de utopia capaz de inventar outras imagens possíveis, pois todo ato criador é um ato utópico.

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Publicado

25.05.2016

Como Citar

Brasil, C. S., & Sousa, E. L. A. (2016). Reflexões acerca do Mal-estar de nosso Tempo: Algumas Figurações da Crueldade e Notas sobre o Ato Utópico. Revista Subjetividades, 12(3-4), 683–702. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/5064

Edição

Seção

Artigos