O Estudo da Medicalização da Vida e suas Implicações para a Clínica Contemporânea

Autores

  • Lívia Machado Silva Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Fernanda Canavêz Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

DOI:

https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v17i3.5813

Palavras-chave:

Medicalização, Clínica, Contemporâneo

Resumo

Este artigo busca analisar as demandas contemporâneas endereçadas à clínica e sua relação com a cultura de medicalização da vida. Para alcançar esse objetivo, optou-se pela realização de um levantamento bibliográfico relativo ao termo medicalização. Adotou-se a visão trazida por Ivan Illich e Peter Conrad por entender que ambos os autores fomentaram, ao longo de sua obra, um importante desenvolvimento da abordagem crítica referente ao tema. Por fim, busca-se analisar algumas demandas atuais no campo da clínica psicológica à luz de uma crítica sobre o processo de medicalização.

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Biografia do Autor

Lívia Machado Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Aluna do Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. (PPGPSI)

Fernanda Canavêz, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ), Profa do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós Graduação em Psicologia da UFRRJ.

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Publicado

15.04.2018

Como Citar

Silva, L. M., & Canavêz, F. (2018). O Estudo da Medicalização da Vida e suas Implicações para a Clínica Contemporânea. Revista Subjetividades, 17(3), 117–129. https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v17i3.5813

Edição

Seção

Estudos Teóricos

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