De Hannah Arendt a Judith Butler: em busca da humanidade perdida nas fronteiras do Estado-nação

Autores

  • Maiquel Angelo Dezordi Wermuth UNISINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS; UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
  • Joice Graciele Nielsson UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos; UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DOI:

https://doi.org/10.5020/2317-2150.2017.4322

Palavras-chave:

Estado-nação, Fronteiras, Humanidade, Refugiados.

Resumo

O objetivo deste trabalho é refletir sobre a condição dos refugiados no mundo atual, a partir da obra de Hannah Arendt e Judith Butler. As reflexões de Arendt, ao fim da Segunda Guerra, feitas a partir da condição dos refugiados, excluídos das fronteiras estatais, resultaram em um alerta para a necessária desvinculação entre a proteção jurídico-política dos seres humanos, e sua vinculação, enquanto cidadãos, com determinado Estado-nação. Tal alerta conduziu a uma ruptura de conceitos tradicionais da filosofia política, como cidadania, Estados e direitos humanos, recepcionada e tida como impulsionadora da construção de um aparato jurídico-político de proteção dos direitos humanos em âmbito internacional, sem precedentes na história. Passados mais de setenta anos, novamente o refugiado coloca em cheque tal aparato, e o mundo continua a se mostrar incapaz de efetivar a proteção da vida humana de modo desvinculado da fronteira estatal. É neste sentido que Butler desenvolve seus estudos. Para a autora, as fronteiras (bio)políticas atuais continuam a cindir o mundo entre vidas abjetas e vidas que merecem ser vividas, embora agora não sejam apenas físicas, mas também simbólicas ou culturais e precisam ser, urgentemente, des-re-construídas performaticamente ou profanadas. A presente pesquisa utilizará o método fenomenológico-hermenêutico, a partir da constatação de que os sujeitos (autores do artigo) estão inseridos no mundo no qual os movimentos migratórios contemporâneos ocorrem, sendo direta e indiretamente afetados por eles, e justamente nesta intercessão, e não em alguma espécie de cisão, é que reside o significado do fenômeno.

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Biografia do Autor

Maiquel Angelo Dezordi Wermuth, UNISINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS; UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Doutor em Direito (UNISINOS). Professor dos cursos de graduação em Direito da UNISINOS e UNIJUÍ. Professor do Curso de Mestrado em Direitos Humanos da UNIJUÍ.

Joice Graciele Nielsson, UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos; UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Doutoranda em Direito Público pela UNISINOS. Professora do Curso de Graduação em Direito da UNIJUÍ.

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Publicado

2017-06-14

Edição

Seção

Artigos