Entre freios e contrapesos: o poder político que sustenta o controle judicial de constitucionalidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2317-2150.2018.7394

Palavras-chave:

Controle judicial de constitucionalidade, cortes constitucionais, assembleia nacional constituinte, poder político, sustentação política.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo problematizar os discursos jurídicos convencionais acerca do controle judicial de constitucionalidade, e sobre o seu expansionismo no Brasil, perquirindo o que realmente sustenta esse arranjo institucional. A partir disso, pretende-se investigar a atuação do STF como ator político na Assembleia Nacional Constituinte, bem como o poder político e os interesses que dão suporte ao aumento do poder da Corte Constitucional brasileira e ao forte sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil. Para tanto, a pesquisa se desenvolve com base na opção de uma linha crítico-metodológica, que pretende colocar em xeque os discursos jurídicos sobre o tema, a fim de deslocar o foco para o que realmente sustenta politicamente o judicial review no Brasil. Ao final, conclui-se que o discurso de que o poder do STF em controle de constitucionalidade deriva da Constituição permanece apenas como fundamento místico da sua autoridade, e que investigar o poder político e os interesses que realmente sustentam esse modelo institucional é o primeiro passo para uma discussão mais transparente sobre o modo como vem sendo exercido o controle judicial de constitucionalidade pela Corte Constitucional brasileira.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabrício Castagna Lunardi, Universidade de Brasília (UnB)

Doutorando e Mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professor universitário. Juiz de Direito do TJDFT.

Downloads

Publicado

2018-06-25

Edição

Seção

Artigos