Racismo algorítmico: uma análise da branquitude nos bancos de imagens digitais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2317-2150.2021.11806

Palavras-chave:

Algoritmos, Inteligência Artificial, Bancos de Imagens, Branquitude, Racismo

Resumo

Diante do novo contexto sociotécnico em que algoritmos e dados configuram novas formas de controle social, a pesquisa propõe-se a investigar o modo como sistemas informáticos em rede têm servido como método multifacetado de categorização e classificação social. Assim, este trabalho tem como objetivo explorar a temática dos algoritmos em bancos de imagens digitais, buscando compreender de que maneira tais tecnologias produzem resultados racistas. A metodologia de pesquisa empregada consiste basicamente na análise dos resultados oferecidos pelos bancos de imagens escolhidos (Getty Images, Shutterstock e Stockphotos) para a busca por uma palavra-chave genérica (family), no intuito de observar o modo como os resultados são racializados pelos algoritmos de busca. Os resultados indicam que o conteúdo oferecido pelos bancos de imagens costuma ser racializados, privilegiando a representação da branquitude como lugar de centralidade que reduz a multiplicidade de subjetividades e existências, traduzindo-se como significante universal. Assim, em termos exploratórios, é possível afirmar que os processos e rotinas produtivas mediadas por algoritmos cumprem, em larga medida, um papel fundamental na produção de resultados racistas nos bancos de imagens analisados.

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Biografia do Autor

Augusto Jobim do Amaral, Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais e Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS

Doutor em Altos Estudos Contemporâneos (Ciência Política, História das Ideias e Estudos Internacionais Comparativos) pela Universidade de Coimbra (Portugal); Doutor, Mestre e Especialista em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Pós-Graduação em Direito Penal Econômico e Europeu pela Universidade de Coimbra. É Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências Criminais (PPGCCrim) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) junto à linha de Criminologia, Crime e Segurança Pública.
Pesquisador-convidado do Ius Gentium Conimbrigae (IGC) - Centro de Direitos Humanos da Universidade de Coimbra, tendo experiência na área de Direito e História das Ideias, com ênfase em Criminologia, Direitos Humanos, Direito Penal e Processo Penal, Filosofia e Sociologia do Direito. Atua, principalmente, nos seguintes temas: cultura penal, violência punitiva, direitos humanos; controle social e segurança pública; sociologia e filosofia políticas; criminologia, direito penal e processo penal. E-mail: guto_jobim@hotmail.com

Fernanda Martins

Doutora em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).Graduada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Ciências Jurídicas e Sociais (UNIVALI).
E-mail: fernanda.ma@gmail.com.

Ana Clara Elesbão, PUCRS.

Mestranda em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) com bolsa CAPES. E-mail: anaelesbaos@gmail.com.

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Publicado

2021-11-17

Edição

Seção

Artigos